TERÇA DA BENÇÃO

Toda terça é dia de Santo Antonio. O Ogum no candomblé, claro, vira motivo de festa no Pelourinho. Primeiro a benção às 18h, nas igrejas de São Francisco e N.Sra do Rosário dos Pretos. Depois antes de as portas dos templos se fecharem, um formigueiro de gente toma conta das ruas, dos bares, de todo o Pelô. Pronto: o burburinho atordoante chacoalha num frenesi de ritmos e sons. E vai ficando ainda mais contagiante a cada dose de cravinho (infusão de cachaça com cravo, mel e limão, afrodisíaco dos bons).
O Olodum roda a baiana na terça da benção. Sua bateria sacode o Pelô das 7 à meia-noite numa quadra apertada da Rua Gregório de Matos, e cobra por isso. Os músicos se misturam à platéia - 1200 foliões no verão - e ensinam a coreografia do bloco e do suingue baiano. O povo cai na dança, um cheirinho do carnaval do Olodum. Aos domingos das 18h às 22h, o ensaio é de graça e em pleno largo do Pelô.

Texto : Matinas Suzuki Jr


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