CARNAVAL
O caminhão gigante
Lagarto colorido
Caixa de som alto-falante
Serpenteia ferido
A multidão dançante
Dentro das cordas
Um rio ondulante sacode
O folião triste se esforça
Enquanto o som explode
Em esquecer a dança das horas
Manhã fim de tarde noite
O alarido da horda
Corta como foice
A borda
Da consciência que foi-se
Dias depois se impõe
O culto o trabalho a vida
O folião rastejante supõe
Que o retorno à lida
É uma batalha perdida
Versos : Fernando Pedrão