POESIA BAIANA SÉCULO XX
A caminho da fazenda
No pó da estrada
Entre Itabuna e Macuco
eu me perdia. A montaria
marcava o passo
do coração em descompasso
e era dia. Mas à noite
o andar era suave
entre o pássaro calado
e o casco que cantava
vaga-lumes sobre as pedras
Íngreme subida, o suor
do cavalo e do cavaleiro
a montanha estava ali
Uma luz longe.
Um piode pássaro na passagem
VERSOS : Telmo Padilha (1930-1997)