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acervo carnavalesco


É de praxe que um jornal que se apresenta desfile perante o leitor boquiaberto um rosário de promessas a que se chama pomposamente o programa. Iconoclasta de nascença, O MALHO começa por atacar e destruir a PRAXE: não tem programa. Ou, mais exatamente, tem todos, como o seu nome bem o indica: ele é o Malho; tudo que passar a seu alcance será a BIGORNA. O povo rirá ao ver como se bate o ferro nesta OFICINA e só com isso ficaremos satisfeitos, com a tranquila consciência de quem cumpre um alto dever social e concorre eficazmente para o melhoramento e progresso da RAÇA HUMANA.

Credencial :

ABRAM ALAS! passa o Malho!
Chapeau Bas! Viva o pimpolho!
E é tratar de abrir o olho,
Porque elle vem de CHANFALHO.

Vai ser da terra o espantalho;
Vai ser o tremendo escolho,
De muito quidam ZAROLHO,
De muito dandy grisalho.

Da PUJANÇA almeja o brilho,
Por ser da verdade o espelho,
Fazendo embora barulho.

Começa agora o sarilho;
Muito respeito ao FEDELHO,
Sinão vai tudo de embrulho!

Lingua de Mel


Caça Palavras : Lilian Cristina Marcon
Texto : Revista O Malho - 20 Setembro 190

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