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Fonte : Adaptação do texto de
Luiz Fernando Veríssimo

Com Direito ao Palavrão em Baianês
Uma adaptação "A La Bahia", exclusiva CarnAxE


Os palavrões não nasceram por acaso. São expressões criativas que traduzem com a maior fidelidade nossos fortes e genuínos sentimentos. Sem que isso signifique uma "vulgarização do idioma", mas apenas uma maior aproximação com o povo simples das ruas e becos da Bahia.
Como por exemplo, PORRA NENHUMA, atende plenamente a situação de nosso ego em exigir não somente a definição de uma negação, mas também contra os descarados blefes no âmbito profissional, como comentar sobre o chefe: "Ele é PHD porra nenhuma!", "Ele é um PREPONE, um porra que chefia porra nenhuma". O PORRA NENHUMA, como vocês podem ver, nos provê sensação de incrível bem estar interior, que nos tira da posição de CAGADO (fudido). É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia de um CHIBUNGO, ou seja, de um canalha.

Já o FODEU PORRA! profere um contexto interior de alerta e auto-defesa, uma ameaçadora complicação. Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de FODA-SE PORRA! que ela fala. Mas existe algo mais libertário nessa expressão, que aumenta a auto-estima, como "Não quer sair comigo? Então FODA-SE PORRA!"
Agora, a expressão PRÁ CARALHO, PORRA! traduz a idéia de grande quantidade. Tende ao infinito, se tornando quase uma expressão matemática. Assin, o dialeto baianês é uma língua viva, bela e mal-criada, nem o Prof. Pasquale explicaria melhor. "Porra, nem fodendo!".

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