No Carnaval de 2006 a Secretária Municipal da Reparação colocará à disposição dos foliões um Observatório Racial que funcionará em regime de plantão no estacionamento da SEMUR localizado na Av. Sete de Setembro, Ladeira de São Bento. O Observatório reunirá atividades de combate à violência racial no Carnaval de Salvador, atuando nas áreas de Turismo e Cultura, Ocupação e Renda, Comunicação, Saúde e Violência. Este espaço terá o propósito de beneficiar a população com serviços que reforçam o compromisso da Prefeitura com a promoção da Igualdade racial. O Observatório também dará visibilidade de mídia para os temas relacionados à participação da população negra no Carnaval como o desfile dos blocos afros, de samba, afoxés, reggae, o Carnaval nos bairros e o trabalho informal de negros e negros como cordeiros, ambulantes e catadores de latinhas etc. Textos, fotos e imagens sobre esses temas serão produzidos e enviados para os órgãos de imprensa.
O Observatório Racial oferecerá atendimento e orientação jurídica às pessoas vítimas de discriminação racial, através de um plantão de advogados. Além da estrutura no estacionamento, a SEMUR montará postos de atendimento no Campo Grande e no Pelourinho, que também contarão com plantonistas.
Carnaval e Reparação - Através de parceria com a Delegacia Regional do Trabalho (DRT), funcionários da SEMUR farão acompanhamento sistemático dos circuitos oficiais do Carnaval, observando as condições de trabalho dos cordeiros, ambulantes e catadores de latas. A SEMUR integrará o projeto da DRT "No Carnaval da Bahia, meu Filho não cata latinha", iniciativa que visa impedir o trabalho de crianças nas ruas, durante a folia momesca.
Para Lucy Purificação, coordenadora de promoção empresarial da SEMUR e uma das responsáveis pelo projeto, "O Observatório Racial representa uma oportunidade de monitoramento dos problemas enfrentados por negros e negras na maior festa popular do mundo. Apesar da alegria e do clima de festa, são muitos os casos de discriminação racial, seja na ação de órgãos públicos como a PM, seja na relação trabalhista como na contratação dos cordeiros. É papel da Prefeitura, através da SEMUR, trabalhar para a melhoria da participação dos afrodescendentes no Carnaval".
O Projeto do Observatório Racial foi planejado como conseqüência das observações feitas por uma equipe de funcionários da SEMUR que trabalhou no Carnaval 2005 e das discussões geradas no seminário Carnaval e Reparação, realizado em novembro de 2005, pela SEMUR, em parceria com a Emtursa. Na oportunidade foram apontados os principais empecilhos para uma participação mais democrática dos afrodescendentes na festa, desde as dificuldades enfrentadas pelos blocos afros, a temas como emprego, renda, saúde e violência.
Parceria - O Observatório Racial contará com a parceria da Emtursa,Prodasal, Sesp, Ouvidoria do Município, GT Saúde da População Negra, Ministério Público, Delegacia Regional do Trabalho, Aganju, Polícia Militar e o Instituto de Mídia Étnica que dará o suporte de comunicação, além de ceder sua sede no Pelourinho para a implantação de uma dos postos de atendimento do Observatório.
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