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Ó Paí Ó leva baianidade mais uma vez para TV
seriado da globo
Novas gravações acontecem no Pelourinho

A vida dos moradores de um animado cortiço volta às telas da Globo, provavelmente, no mês de novembro. O elenco da série Ó Paí, Ó iniciou as gravações no dia 16 e segue com os trabalhos no Centro Histórico até 9 de setembro.
A baiana Monique Gardenberg, que divide a direção com outros três diretores, explica que, ao contrário da temporada anterior, agora um único tema irá envolver os quatro episódios, interligados e previstos para entrar no ar, um a cada semana.
A série, que já abordou outros temas sérios, como a falta de vagas em hospitais da rede pública e a adoção de crianças por casais homossexuais, retrata agora o comprometimento físico do prédio de Dona Joana (Luciana de Souza), onde mora a maioria dos personagens, inclusive Roque (Lázaro Ramos).
“Procuramos retratar, de forma muito bem humorada, a precariedade da moradia da maioria da população brasileira. Isso se agrava no período das chuvas, com os deslizamentos ou desabamentos”, aponta Gardenberg.

CONVIDADOS
O elenco central foi mantido, mas algumas participações especiais movimentarão a trama. O ator baiano Luiz Miranda chega para viver o fiscal da prefeitura que irá autuar o casarão de Dona Joana. “Ele participa do episódio da diretora Carolina Jabor e do meu. Já Deborah (Secco) foi convidada por Mauro Lima para participar do episódio dirigido por ele e fará dois papéis, um deles o dela própria. Luana (Piovanni) participa com Olivia Guimarães e vive a empresária musical Patrícia. Teremos ainda Carlinhos Brown e a banda baiana TH”, antecipa.
Estas duas participações, inclusive, serão musicais. “Ó Paí, Ó leva para a tela um pouco da cultura baiana e a música não pode faltar. Logo no primeiro episódio, teremos a canção Quero Ver a Bahia Tremer, de autoria da TH e Nizan Guanaes”, conta.
Outros nomes da música brasileira, como o conjunto Falamansa, e artistas internacionais – como o norte-americano (mas quase brasileiro de vivência) Arto Lindsay e Michael Jackson – também aparecem na trilha.
Os atores do Bando de Teatro Olodum, é claro, estão escalados para a temporada. A contribuição deles, segundo a diretora, influencia até a forma como se desenvolve a filmagem. “A cena não para nunca. Gritar ‘corta’ é uma tarefa difícil, pois tudo neles é bom, tudo neles tem uma graça especial. Procurei incorporar ao meu trabalho, improvisando com a câmera, criando em cima dos cenários que ia encontrando, sem deixar que o trabalho ficasse engessado por conta de uma ideia concebida em total solidão”, explica.

CARICATOS
É inegável a forma exagerada como os baianos são retratados em produções televisivas. Os maneirismos preguiçosos e a fala arrastada de personagens como os do núcleo encabeçado por Otaviano Costa (o Adenor, de Caras e Bocas, da Globo), deixa muito baiano indignado.
Com a criação dos personagens inspirada no cotidiano de Salvador, além do elenco fixo composto por atores baianos, espera-se que a série problematize a questão. “Assistindo ao segundo episódio, o público saberá exatamente o que achamos da composição dos nordestinos (feita) para as novelas. É esperar para ver, não posso antecipar, perde a graça“, diz.
A série, que estreou a primeira fase com 24 pontos de média geral no Ibope, sendo que 39 em Salvador (audiência digna de novela das oito), pode virar uma trilogia, especula-se, e encerrar com uma temporada em 2010.


Fonte : CarnAxE in Olodum - 27 Agosto 2009

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