Com a presença do prefeito João Henrique, do vice Edvaldo Brito, de secretários municipais e de representantes de entidades e instituições de apoio aos movimentos de minorias sociais, dos negros, mulheres e homossexuais, foi lançado nesta quarta-feira (10) o Observatório da Discriminação Racial 2010, um programa da Prefeitura de Salvador gerido pela Secretaria Municipal da Reparação (Semur).
Os profissionais da Semur e representantes das entidades parceiras atuam durante todo o Carnaval distribuindo panfletos, adesivos e cartilhas de conscientização, acompanhando in loco os casos de violência e recebendo denúncias espontâneas ou pelo telefone 156 de qualquer tipo de violência ou discriminação ligada às minorias.
Localizada na Ladeira de São Bento, a base operacional do Observatório ganhou uma maior abrangência este ano. Além da questão racial e da violência contra a mulher, o Observatório também incluiu, dentre os temas a serem abordados no Carnaval 2010, a discriminação contra os homossexuais, a chamada homofobia. O prefeito João Henrique, que visitou o local, afirmou que o programa ganha visibilidade e importância internacionais pelo trabalho que vem realizando desde 2006 no circuito da festa, cada ano ampliando ainda mais o raio de suas ações.
Ele ressaltou o apoio que o programa recebe das instituições públicas e representativas da sociedade, como o Ministério Público, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados da Bahia, Unicef, Uneb, Cedeca, como também de fundações e movimentos ligados às minorias.
Além da base operacional montada na Ladeira de São Bento, este ano mais quatros postos foram instalados no circuito do Carnaval para dar suporte às ações dos seus agentes, localizados na Barra, no Campo Grande, Ondina e na Avenida Adhemar de Barros. O vice-prefeito Edvaldo Brito ressaltou a importância que a atual gestão dá às minorias. "Nós conseguimos fazer políticas públicas para esses segmentos discriminados".
Na avaliação do secretário Ailton Ferreira, da Semur, o Observatório se reveste de grande importância na medida em que traz as reivindicações legítimas de grupos sociais discriminados para a elaboração de políticas públicas. "O Observatório é um espaço do poder público, da Prefeitura, onde essa política pode ser implementada", avaliou o secretário.
A vereadora Leo Kret agradeceu ao prefeito pelo apoio que ele tem dado às mulheres, aos negros e homossexuais. O presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, afirmou que a inclusão do combate à homofobia no Observatório é extremamente importante para o movimento e pediu ao prefeito que ampliasse as discussões sobre o assunto de forma que o Município proponha ações continuadas em favor dos homossexuais.
Já o representante do Fórum Estadual das Lésbicas, Gays, Homossexuais, Travestis e Transexuais, Renildo Barbosa, disse que quando o Município assume a defesa de um grupo que está sem proteção, "a gente só tem a parabenizar a Prefeitura por esta ação", afirmou ele.
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