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Claudia Leitte grava DVD em show beneficente na Bahia
bastidores da folia


O show nasceu do desejo de ajudar o Hospital Aristides Maltez, referência no tratamento do câncer na Bahia. Tudo partiu disso. Claudia Leitte queria fazer algo diferente em sua terra, oferecer aos baianos um produto novo, uma Claudia plena, a cantar suas raízes e da música brasileira, num show acústico em que revela e sedimenta suas qualidades como intérprete. Mas, acima de tudo, despertar na sociedade a importância deste hospital, que trata, basicamente, os pacientes com câncer e que não têm recursos para buscar uma unidade particular. Daí, mais do que celebrar a música, o espetáculo, a ser levado ao palco do Teatro Castro Alves, em Salvador, nesta terça-feira, dia 13, tem esta finalidade: toda a renda da noite será revertida para o Aristides Maltez, do qual ela é madrinha da unidade de oncopediatria.
Para eternizar este momento, o show será inteiramente registrado por câmeras documentando cada momento da cantora – e de seus convidados - no palco, material que irá se transformar no próximo DVD de Claudia, a ser lançado em maio do próximo ano. O projeto ganhará uma segunda etapa de gravação, ainda sem data e local definidos, mas que contará com show performático para o grande público, integrando o DVD duplo “Verde e Amarelo”. O espetáculo acústico contará, entre outras atrações, com a participação de Carlinhos Brown e Sérgio Mendes, que vem de Los Angeles para participar desta noite especial para a música baiana e brasileira. Brown, além de participar do show como intérprete, assina arranjos no projeto. Gravado em solo baiano, o show tem como foco mostrar “uma Claudia que você nunca viu”.
- O show tem muito de mim. Retomei o repertório do que eu cantava em barzinhos, no começo da minha carreira, e junto com Flavia Moraes, minha diretora, criamos um personagem chamado “NEGALORA”, por conta do batismo de Brown. É algo de mim que está sendo evidenciado, que talvez as pessoas não conheçam. Sou a “NEGALORA” quando sambo, quebro, quando canto esse tipo de música. São minhas raízes - afirma a cantora.
E quem é essa “negalora”? A definição criada para Claudia Leitte pelos olhos mágicos de Carlinhos Brown quando Claudia era ainda Claudinha, e ele a chamou de Negra Alemã durante a gravação do DVD Ver-te Mar, em 2005, em Salvador, emoldura uma jovem cantora de pele clara, cabelo louro, mas que dança como uma negra e tem uma alma negra. Não se trata de discurso de raça nem mesmo de miscigenação, mas uma constatação. É o preto e o branco habitando o mesmo corpo, tendo nas veias o mesmo sangue, a pulsar e a dar vida a uma mesma artista. É este personagem que ganha vida com sua música por onde quer que se apresente que Claudia levará ao palco no TCA. O show contará com uma banda especial, com um quarteto de cordas, músicos que vieram se integrar a este formato de projeto, que abriga diversos estilos num espetáculo completamente novo, dirigido pela cineasta Flavia Moraes, com grandes participações e repertório inédito. A direção musical é de Luciano Pinto e a produção musical de João Nabuco e Roberto Coelho. O figurino, Água de Coco. Nobre na escolha de cada canção, nobre na escolha do palco que a recebe e na iniciativa social em prol de uma das mais respeitadas instituições de sua terra.
- É algo que precisava oferecer à Bahia. Um trabalho que pontue o profundo respeito e amor que tenho por essa terra que me recebeu bebê ainda, na primeira semana de vida, que me ofereceu meu querido bairro da Saúde como berço, o talento de Batatinha como vizinho ilustre e o batuque do Olodum para embalar meus sonhos - recorda Claudia.
E quem for ao TCA vai se surpreender com um roteiro que reconstrói o próprio ciclo da vida em um mesmo dia, com alvorecer e o crepúsculo da noite findando a história deste personagem.
- Quero evidenciar neste show a textura da imagem e do repertório, do amanhecer ao anoitecer, com a participação do público na platéia e no palco. Um show onde resgato minha raiz, dou voz e emoção aos meus sentimentos, neste cenário mágico do TCA – diz a cantora.
Surpreendente, uma viagem com tantos elementos e tudo ambientado dentro de um dos mais belos e tradicionais teatros brasileiros, com uma leitura de um Brasil moderno, pujante e vencedor. Um Brasil vendido ao mundo como uma nação pronta a enfrentar desafios, exuberante nas cores e elementos modernistas, que tem na música e no quanto ela toca na alma de toda essa gente o instrumento a exprimir o orgulho dessa terra.

COMENTÁRIOS DA FOLIA
A noite de 13 de dezembro está definitivamente marcada na história. Com um lindo vestido longo com 20 mil cristais Swarovisk bordados à mão, Claudia Leitte subiu ao palco do Teatro Castro Alves às 21h para o show de gravação de seu novo DVD "Verde e Amarelo". Descendo pelo meio da platéia entoando o hit "Pássaros", a cantora dava os primeiros passos rumo a "uma nova Claudia Leitte". Mais eclética e ditando o rumo de como seria o espetáculo, o presente dado pelo amigo Jorge Vercilo - com a música "A Noite dos Jangadeiros" levou o público presente ao delírio. Jovens, adultos e até fãs da "melhor idade" vibravam a cada interpretação apresentada. "Esse show foi feito especialmente para vocês, meus fãs", declarava Claudia em tom de agradecimento.
Com "Bem Vindo Amor" fez uma apaixonada homenagem ao marido Marcio Pedreira. Em "Telegrama", sucesso de Zeca Baleiro, colocou a reluzente guitarra em punho e fez todo mundo se encantar, gritando em uma só voz "Diva...Diva...Diva". E teve muito mais! Mudando de figurino várias vezes, cada nova endumentaria representava o passar do dia. Do amanhecer, passando pelo meio dia, tarde e noite, Claudia Leitte recebeu no palco Max Viana com o sucesso de "Sorri, Sou Rey", o talentoso Henrique Cerqueira com "Crime" e Tico Santa Cruz com sua pegada rock'n'roll em "O Tempo Não Pára".
Mas essa verdadeira festa da música popular brasileira ainda reservava muitas surpresas, como a versão de Gracinha Leporace e do mestre Sergio Mendes para "Mais Que Nada" do querido "salve simpatia" Jorge Ben Jor. E eis que ressurge Claudia Leitte, descalça e num modelito vermelho e preto arrasador, para com Sergio Mendes ao piano colocar o TCA em polvorosa com "Magalenha", clássico de Carlinhos Brown. E por falar em Brown, lá estava ele. Entrando com a melodiosa batucada de caixinha, realizou o tão aguardado batizado da NEGALORA com a benção de fãs, amigos e imprensa, num repente acompanhado em massa por todos os presentes no local.
Com imagens projetadas durante todo show em cena, espelhos e velas graciosamente manejados pelos convidados sentados no palco e que abrilhantavam ainda mais esse momento mágico, Claudia Leitte preparava-se para despedida e com "Blackman" e sua transformação em NEGALORA ao fundo, abriu espaço para "Locomotion Batucada", convidando os fãs para juntar-se a ela e encerrando com a participação do filho Davi, que subiu a palco e - literalmente - fez um dueto com a mamãe. Realizado em prol do setor de oncologia pediátrica do Hospital Aristides Maltez, do qual é a "fada" madrinha e tendo renda totalmente revertida para o HAM, o show, que contou ainda com outros grandes sucessos, teve direção de Flavia Moraes e uma equipe de peso, que transformou a magia da música numa recordação que será lembrada através dos tempos.

Fonte : Claudia Leitte - 11/12/2011 - 12h00
Comentários : Claudia Leitte - 14/12/2011 - 03h36

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