carnavalhistóriatemasabadasmúsicahome


      


Com presença do Filhos de Ghandy, show inédito abrirá o Carnaval do Pelô
pelourinho cultural
Carnaval de Salvador - Bahia 2011


No dia 03 de março de 2011, o Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura (Secult-Ba), do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) e do Programa Pelourinho Cultural apresentam a grande novidade do Carnaval do Circuito Pelourinho deste ano, o inédito show de abertura intitulado Batuque no Pelô, marcando o início da folia de Momo no Centro Histórico. O show reunirá talentosos percussionistas representando três gerações da percussão baiana e contará também com a presença de 20 integrantes do afoxé Filhos de Gandhy em homenagem a dois grandes mestres da percussão, Mestre Prego e Neguinho do Samba.
Além do Gandhy e das três geração de percussionistas, marcarão presença 20 percussionistas da Banda Didá e mais 20 percussionistas do projeto Meninos do Pelô em um grande espetáculo que promete evidenciar a importância histórica, cultural e identitária da percussão, grande destaque da festa em 2011. “Os Filhos de Gandhy são um referencial de paz e participando da abertura do Carnaval do Pelourinho levaremos paz à Bahia e ao Brasil”, disse Agnaldo Silva, presidente do Afoxé. O grupo está no Guinness Book como o maior afoxé do mundo.
Patrimônio imaterial da Bahia - O Filhos de Gandhy nasceu em 1949, ano do IV Centenário de fundação da cidade do Salvador. Foi criado pelos estivadores do Porto de Salvador como forma de homenagear o grande líder pacifista indiano assassinado em 1948, Mahatma Gandhi. Em 2008, a Associação Cultural Recreativa e Carnavalesca Filhos de Gandhy encaminhou ao IPAC o pedido de inserção do segmento “Afoxés” no Livro de Registro Especial de Expressões Lúdicas e Artísticas. O governador Jaques Wagner assinou o registro do “Desfile dos Afoxés” como Patrimônio Imaterial da Bahia em 30 de outubro de 2010. O evento de assinatura contou ainda com lançamentos de livro e documentário (em DVD) de 20 minutos contando com artigos inéditos, documentos antigos, fotos, depoimentos e imagens de carnavais, incluindo aí a história dos afoxés.
De acordo com o diretor geral do IPAC, Frederico Mendonça, “É fundamental que todos tenham conhecimento dos benefícios efetivos que o tombamento e o registro podem trazer”. Segundo o diretor, o reconhecimento oficial garante, por exemplo, que esses bens, tombados ou registrados, tenham prioridade em todas as linhas de financiamento de programas culturais dos Municípios, Estados e da União. Para o presidente dos Filhos de Gandhy, esse reconhecimento fortaleceu ainda mais o segmento dos afoxés.

TRAJETÓRIA HISTÓRICA
O Primeiro Afoxé data de 1885, quando os negros nagôs organizaram o "Embaixada Africana", que desfilou com roupas e adornos importados da África. Em 1896, surgiu o segundo afoxé, o "Pândegos da África". Os grupos representavam casas de culto de herança africana e saíam às ruas cantando e recitando músicas. Os afoxés costumavam exibir-se na Baixa dos Sapateiros, Taboão, Barroquinha e Pelourinho, enquanto os grandes clubes desfilavam em áreas mais nobres. Ao longo dos anos, este protocolo foi rompido e os afoxés começaram a assumir o seu lugar por direito na cultura local e nacional. Ainda segundo Frederico Mendonça, “Os afoxés estão vinculados às matrizes africanas e são representantes máximos da cultura afrodescendente nas festas carnavalescas da Bahia”, diz Mendonça. Atualmente, os afoxés podem ser encontrados em Salvador, Feira de Santana, São Félix, Fortaleza, Recife, Olinda, Rio de Janeiro, São Paulo e Ribeirão Preto.

Fonte : Pelourinho Cultural - fevereiro 2011

volta | contato

www.carnaxe.com.br