De 03 a 08 de março, durante o Carnaval de Salvador, a população poderá contar não apenas com a diversidade da programação cultural do Carnaval do Pelô, proporcionado pelo programa Pelourinho Cultural, pelo Instituto do Patrimônio Artístico Cultural (IPAC) e pela Secretaria de Cultura (Secult-Ba), mas também com a tranquilidade de saber que o Governo do Estado tem se preocupado com a Bahia em seus diversos aspectos, inclusive no que diz respeito ao desenvolvimento socioambiental. Na noite de quinta-feira (03), um grupo de talentosos percussionistas baianos, cujas influências musicais vão do candomblé ao jazz e da axé music à música experimental, se juntarão, no show Batuque no Pelô, a 20 percussionistas da Banda Didá, 20 do projeto Meninos do Pelô e 20 integrantes do maior afoxé do mundo, o Filhos de Gandhy em uma grande homenagem a Mestre Prego, e a Neguinho do Samba, fundadores do Meninos do Pelô e da Didá respectivamente, dois projetos que vão além da música e oferecem arteducação para os seus componentes.
De modo semelhante a Prego e Neguinho do Samba, dentre esses percussionistas destacam-se Bira Reis e Gabi Guedes com a Oficina de Investigação Musical (OIM), empresa fundada e coordenada por Bira Reis e sediada no Pelourinho, onde são confeccionados artesanalmente singulares instrumentos percussivos de sonoridade única e inequívoca. Bira Reis fundou também a Associação OIMBA com o intuito de ensinar a fabricação de instrumentos musicais a crianças em situação de risco social e Gabi Guedes participa ativamente deste projeto. Bira Reis fundou também, a partir da OIM, a Associação Recreativa e Cultural Bloco Carnavalesco Kizumba, que participa do Carnaval Ouro Negro, iniciativa do governo de incentivo à cultura de matriz africana, e recentemente virou Ponto de Cultura.
Peu Meurray, por sua vez, é, além de percussionista, um artista plástico cujo trabalho solo com os tambores de pneus já é conhecido em Salvador, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife Itália e Japão. Pneus usados retirados do lixo são reaproveitados não só como tambores, mas também como caixas de som, baterias, móveis, esculturas, cadeiras, pufes, mesas, camas e objetos de arte, e adornam o Galpão Cheio de Assunto, espaço cultural criado pelo artista para realizar shows e implementar o seu projeto sociocultural ambiental com crianças e adolescentes em situação de risco social. De seu trabalho com reciclagem e música, criou uma banda com foco nos ritmos percussivos, que, delineia sua autenticidade conseguindo dar vida e som à borracha, atribuindo-lhe função harmônica.
Fonte : Pelourinho Cultural - fevereiro 2011
volta | contato
|