AFRODITE
Na cultura grega, Afrodite é considerada a deusa do amor. De acordo com a mitologia, ela nasceu na ilha de Chipre e era filha de Zeus (Deus dos Deuses) e Dione (Deusa das Ninfas). Casou-se com Hefesto (Deus do Fogo), porém, em função de suas vontades e desejos insaciáveis, possuiu diversos amantes entre homens mortais e outros Deuses. Chegou a ter um filho, Enéias (importante herói da Guerra de Tróia) com o amante Anquises. Afrodite costuma ser representada envolta em finosvéus, seminua. Sempre cercada por muitas flores, as suas preferidas eram a rosa e a murta. A pomba era o seu animal favorito e estava sempre atrelado ao seu carro. Elementos como conchas, especialmente, as vieiras e as amêijoas, e frutas como maçã, lima e romã estão sempre associados a Deusa Grega que representa a beleza, o prazer e o amor.

AS MUQUIRANAS
Irreverência, criatividade e um público que só tem um objetivo: a diversão. Considerado um dos blocos mais tradicionais do Carnaval de Salvador, ‘As Muquiranas’, existe desde o ano de 1965. O bloco, que causa uma verdadeira euforia nas pessoas quando passa na avenida, reúne uma legião de foliões fiéis que protagonizam a alegria durante todo o percurso. ‘As Muquiranas’ é o primeiro bloco de travestidos na história da maior festa popular do mundo. Com 100% dos foliões masculinos, vestidos de mulher, ele se destaca pelas fantasias que, a cada ano, gera expectativa no público e na mídia que aguardam ansiosos pela definição do tema. Fundado por Lindolfo Araújo de Carvalho, mais conhecido como Charita, o bloco ‘As Muquiranas’ começou a sua história de uma forma inusitada. Charita fazia parte do bloco de Carnaval “A Nega Maluca”, no qual apenas um homem se vestia de mulher. Após a morte de um dos diretores, “A Nega Maluca” se desfez, e então Charita deu continuidade à folia, montando um bloco onde ele e os amigos saiam na rua para brincar o Carnaval, vestidos de mulher. Pouco depois, eles denominaram o bloco de ‘As Muquiranas’.
No início, a irreverência de os foliões saírem travestidos, causou muita polêmica, mas, ainda assim, a procura pelas fantasias crescia de um Carnaval para o outro. Nos primeiros anos, Charita contava com a ajuda de sua esposa, Dona Florisa, sua mãe Dona Aidê e suas primas Lícia e Léia para criar e costurar as fantasias que, naquela época, eram medidas uma a uma, de acordo com cada folião. O bloco ‘As Muquiranas’ acompanhou todas as mudanças do Carnaval da Bahia e acumula experiências. Passou pela época dos bailes à fantasia, viveu a temporada das mortalhas e da mamãe-sacode, até chegar aos abadás. Mantendo a tradição, ele seguiu a modernidade das vestimentas, mas permanecendo com suas raízes, vestindo os foliões com fantasias temáticas e irreverentes. Atualmente, como uma verdadeira herança, o bloco ‘As Muquiranas’ é dirigido pelos filhos e netos de Charita, a família Paganelli.
No cenário do Carnaval baiano, o bloco ‘As Muquiranas’ é um dos poucos que acompanham a evolução musical sem perder a essência primária da festa. Muitas atrações já fizeram parte da programação do bloco e tiveram as suas carreiras impulsionadas, a exemplo dos grupos ‘É o Tchan’, ‘Terra Samba’, ‘Marrom Society’, ‘Bom Balanço’, ‘Faróis Acesos’, ‘Pagodart’ e ‘Guig Ghetto’ e dos cantores ‘Tonho Matéria’, ‘Cátia Guima’, entre outros.


BASTIDORES DA FOLIA
- Vereador apresenta projeto que proíbe uso de pistola d'água no Carnaval
- Muquifest, festa do bloco abre o verão baiano
- Bloco “As Muquiranas” apoia projeto de lei que proíbe pistolas d’água nos blocos de carnaval

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