A diversidade de gênero musical ditou o ritmo do carnaval do circuito Osmar, na madrugada deste domingo (19). Com destaques, o samba, percussão, o reggae, o afoxé e, é claro, os blocos afro. A noite que começou tarde para as entidades contempladas no programa Ouro Negro movimentou cerca de 400 mil pessoas, no circuito principal da folia, segundo dados da Polícia Militar.
Acompanhados por cerca de 5 mil foliões, o bloco Vem Sambar despontou na avenida, animado pelo grupo de samba carioca Revelação, estendendo a presença do samba por mais uma noite na passarela do Campo Grande. Outro bloco de samba que desfilou na avenida, foi o bloco Afinidade, animado pela banda baiana Catadinho do Samba. Mas não foi só o samba que fez a festa.
Logo depois, o bloco Banana Reggae arrastou centenas de apaixonados pelo ritmo jamaicano, que “não seguraram a onda e caíram no reggae”, como comandava o puxador do bloco. “Precisamos de mais blocos que nem este. A Bahia é heterogênea, logo nosso carnaval precisa ser também, já que há espaço para tudo”, comenta Sueli Rocha, psicóloga, que seguia o bloco. E como a marca do Carnaval negro da Bahia é a diversidade, teve espaço para o arrocha do bloco Mutantes, animado pela voz romântica do cantor Pablo.
Encerrando a noite agitada no Campo Grande, os blocos afro passaram mostrando a beleza negra em suas diversas formas. Bankoma, Malê Debalê, Muzenza, Didá, Filhas de Oxum e Ilê Aiyê arrastaram aqueles que ficaram até mais tarde, para ver as mais importantes instituições afro do carnaval da Bahia, levando a beleza das influências africanas para o carnaval. “É impossível conter o choro. Quando me acalmo de um desfile, vem o outro. São estes os responsáveis por todos os avanços que tivemos dentro das conquistas da militância negra”, exclama Tiago Albuquerque, militante do movimento negro e estudante do curso pré-vestibular do Instituto Steve Biko.
Todas estas entidades integram o Carnaval Ouro Negro, programa de apoio ao desfile de blocos de matriz africana, criado em 2009, pela Secretaria de Cultura da Bahia. Em 2012, o programa contempla 126 entidades, entre afoxés, blocos afro, de índio, de samba, de reggae e de percussão, com um investimento de R$5,305 milhões.
Fonte : Secretaria da Cultura da Bahia ( 19/02/12 - 17H02)- fevereiro 2012
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