A Secretaria Municipal da Reparação de Salvador apresentou nesta sexta-feira (10), pela manhã, o relatório com os resultados do Observatório da Discriminação Racial, Violência contra a Mulher e comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) no Carnaval, no período de 2005 a 2011. O evento foi realizado no auditório da Secretaria Municipal da Fazenda, no Centro da cidade. Na mesma ocasião, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou, em parceria com a Semur, a segunda etapa da campanha Infância sem Racismo.
Criado em 2005, o Observatório tem o objetivo de mobilizar a sociedade organizada e articular ações para garantir direitos, prevenir atos de violência e evidenciar as desigualdades sociais durante o Carnaval de Salvador. O trabalho é realizado através de parceria entre órgãos da administração municipal, secretarias do governo do Estado, Poder Judiciário, Defensoria Pública, Ministério Público e organizações da sociedade civil.
Na avaliação do secretário municipal da Reparação, Ailton Ferreira, ao longo dos últimos sete anos, o trabalho do Observatório tem ajudado a sensibilizar a sociedade com relação a temas como combate ao racismo, à violência contra a mulher e à homofobia. "Esses assuntos passaram a fazer parte da agenda do governo para promover políticas de respeito aos direitos humanos", diz o secretário.
Ailton Ferreira revela que, a partir deste ano, a experiência de Salvador vai servir como referência para o carnaval de Olinda, em Pernambuco. Na Bahia, o modelo já é adotado no município de São Francisco do Conde.
Parceria com Unicef - A representante do Unicef na Bahia, Cláudia Fernandes, também destacou a importância do observatório no sentido de chamar a atenção para as crianças no circuito da festa baiana. Muitas delas são levadas pelos pais que trabalham durante o evento e são expostas a atos de racismo e violência sexual. "Nossa ação é orientar os observadores para que identifiquem atos de desrespeito aos direitos da criança e do adolescente para que, quem os pratica, não fique impune", afirma Fernandes.
Durante o encontro, ocorreu o lançamento da segunda etapa da campanha Infância sem Racismo, que será divulgada na cidade, em parceria com a Prefeitura. "Salvador foi a única capital que aderiu à campanha e disponibilizou o mobiliário público para divulgação . Isso é muito importante para nosso trabalho", diz.
Também participaram do evento o subsecretário da Reparação, Edmilson Sales, o presidente do Conselho das Entidades Negras, Marcos Sampaio e o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Frederico Fernandes.
Fonte : Secom - 10/02/2012 17:18
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