As marcações dos tambores e os repiques do tarois (caixas), tocados por cerca de 100 músicos, se juntam para ecoar o samba-reggae do bloco Muzenza, entidade que integra o programa Carnaval Ouro Negro da SecultBa, que este ano entra no Circuito Osmar com o tema “História da Dança Afro na Bahia”.

Nascida há 31 anos, a agremiação surgiu no bairro da Liberdade como um tributo ao músico Bob Marley, cantor jamaicano que difundiu pelo mundo a cultura rastafári e que em 2013 é novamente homenageado. “O Muzenza é o único bloco a acolher não só o movimento rastafári, mas também herdamos o reggae de Bob Marley. Os rastafáris têm uma importância tão grande que saímos este ano com uma ala composta por dezenas de homens e mulheres rastafáris, sem falar da bandeira que eles levantam em respeito ao nosso bloco”, comenta Nem Tatuagem, quecanta na banda Muzenza, há 25 anos.

Sobre o tema 2013, Nem Tatuagem conta que esta não é a primeira vez que a agremiação faz referência à dança afro. “Em1983, trouxemos o tema Dança de Yaô, que mexia mais com as danças dos orixás. Já em 2013, buscamos mostrar através da dança os costumes da nossa etnia, do povo africano”.

Ecoadas pelas vozes dos cerca de 900 de foliões que acompanham a agremiação, as músicas cantadas pela banda são comandadas pelos cantores Nem Tatuagem, Chocolate, Luciano Gomes, Tonho Muzenza e a cantora convidada Noélia Fêlix.