Da dança de Jaíne Santana, de 13 anos, até a de Dona Rita, de 74, passando pela música de Juliana Ribeiro, A Volante do Sargento Bezerra, Camerata Popular da Bahia e Roberto Mendes. Pelo menos quatro gerações de artistas estiveram reunidas na noite deste domingo, transformando o Circuito Osmar em uma verdadeira roda de samba, na passagem do trio Raízes da Bahia, dentro do Carnaval Pipoca.
Jaíne e Dona Rita fazem parte da Barquinha de Bom Jesus dos Pobres, que abriu o desfile do no chão da passarela do Campo Grande. O samba no pé e a disposição de Dona Rita, que ainda levava a barquinha sobre a cabeça, atraíam os olhares de admiração e serviam de convite para quem quisesse entrar na roda.
Em cima do trio, diferentes culturas e experiências de vida com um ponto em comum: a paixão pela música de raiz. “O nome do trio já diz tudo. O objetivo é trazer a Bahia para Salvador através desta fusão de artistas. Cada um canta de um jeito nesta verdadeira encruzilhada baiana”, diz o santo-amarense Roberto Mendes, representante da chula do Recôncavo Baiano, que sai no Carnaval Pipoca pelo segundo ano consecutivo.
De uma geração diferente da de Roberto, a cantora e historiadora Juliana Ribeiro enfatiza que o trio faz parte de um projeto não só musical, mas principalmente identitário. “Este trio vai do sertão ao litoral, passando pelo Recôncavo. A troca de experiências entre gerações é muito orgânica. Um puxa o tom e o outro vai atrás”, revela a sambista, antes de cantar uma música iniciada pelos músicos.
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