Com 85 e 77 anos de carreira, Cacau do Pandeiro – representante da nata dos percussionistas antigos da Bahia – é uma das estrelas do projeto Esse mundo é um pandeiro que está no palco principal do Largo de Pelourinho, neste domingo (02).
Além da virtuosidade de Cacau e seu inseparável pandeiro, a Orquestra de Pandeiro de Itapuã recebe Marcos Suzano – conhecido como um revolucionário por criar técnicas que dão agilidade e versatilidade ao pandeiro. O projeto é fruto de um curso de pandeiros realizado no Espaço Cultural Casa da Música e tem a proposta de incorporar à prática tradicional do pandeiro as novas experimentações sonoras como a moderna arte dos samplers.
No repertório do show que acontece em grande estilo, terá uma grande mistura tipicamente baiana. Marchinhas, frevos, Lenine, sambas, cirandas, além de músicas do Ilê, Caetano e outras canções voltadas para o tema ‘Carnavais Negros’.
“É a primeira vez que tocamos no Carnaval do Pelourinho, mas foi legal não termos vindo antes, porque foi possível criar o projeto de trazer o pandeiro moderno, com Suzano e a orquestra que toca o pandeiro moderno e o pandeiro tradicional de Cacau, nosso mestre querido. Hoje a orquestra faz esse show especial pra ele, que é nosso grande homenageado. Será um show inusitado porque nunca aconteceu no Carnaval da Bahia o pandeiro ser o destaque de um show”, afirma Analu Franca, produtora da orquestra de Pandeiro de Itapuã.
Cacau que já se apresentou no Carnaval do Pelourinho com a Orquestra Yemanjá dia 28.02, promete fazer um show bem misturado com Olha a Flor da Laranjeira, uma música inédita de Riachão chamada O que é isso Cacau? e Lero Lero, música da década de 40 e campeã do carnaval brasileiro, cantada por Orlando Silva. O show será finalizado com um frevo, mas amanhã (03) ele estará de volta para uma participação especial com Carlos Pitta no largo Tereza Batista, a partir das 20h.
|