Na plateia, Mãe Lúcia das Neves, a Mameto Kamurici, do Terreiro São Jorge Filho da Goméia, descreve como se sente ao ver o Bloco Afro Bankoma ocupar um espaço tão importante no cenário cultural do estado. “O Bankoma é mais que carnaval, mais que um bloco. O Bankoma é um projeto social que está apresentando uma comunidade ao grande público. Nossa estrutura é igualzinha a dos grandes blocos, mas quem está lá no palco são os nossos meninos. Esse reconhecimento nos deixa muito emocionados”, orgulha-se Mãe Lúcia, que preside o bloco.
O repertório eclético do bloco mistura canções de autoria do próprio grupo Bankoma, como “Eu sou Brasileiro” e “Feijão Macundê”, e muitas outras como “Sarará Crioulo”, consagrada por Sandra de Sá; “Ê Baiana”, famosa na voz de Clara Nunes, e “Raiz de Todo Bem”, sucesso de Saulo Fernandes. O coro afinado de vozes que acompanha as apresentações confirma a aprovação do público.
O retorno da plateia à força das batidas percussivas do Bankoma encanta as cantoras Ludmillah Anjos e Juliana Ribeiro. “Eu sou nordestina e afrobrasileira. Este aqui é o meu lugar, onde estão as matrizes do que eu me proponho a cantar. Não tenho como não me emocionar”, declara Juliana. Ludmillah, por sua vez, afirma que a identificação dela com o bloco Afro também é imediata. “É a defesa da nossa música. A afinidade está no ritmo e nas letras que exaltam a beleza, a alegria, e fortalecem a autoestima”.
O ensaio do Bankoma é uma das inúmeras atrações da programação cultural do Pelô, promovida e apoiada pelo Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), órgão da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Confira a agenda completa e saiba mais em www.pelourinho.ba.gov.br ou www.cultura.ba.gov.br
Fonte :Secult BA (12/02/14 | 09H02) - fevereiro 2014
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