DOSSIÊ A partir de hoje, dia 11 de janeiro 2016, os técnicos iniciam a redação do dossiê, que irá comprovar a importância do bem cultural para justificar o título de Patrimônio Imaterial da Bahia. “Depois de pronto, o dossiê é encaminhado ao secretário de Cultura e ao Conselho de Cultura (CEC,www.conselhodecultura.ba.gov.br) e, por fim, é apresentado ao governador que decide se o bem cultural será protegido oficialmente pelo Estado através de decreto”, explica João Carlos.
“Começamos o ano com muito entusiasmo com o apoio técnico do IPAC. A visita foi muito importante no processo de patrimonialização do ‘Zabiapunga’”, comemora a diretora do IDES, Liliana Leite. Segundo ela, ao valorizar os patrimônios são ativadas funções econômicas e sociais, mantendo dinâmica econômica mais fortalecida. “O IPAC é uma instituição de grande valor na preservação do patrimônio. Com esse trabalho, a cultura do município e as comunidades locais são fortalecidas”, diz Liliana.
MESTRES Participaram das visitas ao Baixo Sul, os técnicos da gerência de Patrimônio Imaterial (Geima) do IPAC, Nívea dos Santos, Adriana Cerqueira e Roberto Pellegrino. Foram visitados os municípios de Cairu, Nilo Peçanha e as comunidades Cajaíba e Atracadouro Bom Jardim em Valença. “Tivemos a participação dos agentes do IDES, Edna Xavier, Liliana Leite, Camila Neves e Aline Reis”, diz o gerente da Geima/IPAC, Roberto Pellegrino. Na visita foram entrevistados os mestres, estudiosos e detentores de saberes sobre da manifestação ‘Zabiapunga’.
Segundo estudiosos, a palavra ‘Zabiapunga’ viria de Zamiapombo, Nzambi Mpungu, Zambi e Nzambi, que seria equivalente nos candomblés da nação bantu, ao deus Olorum do candomblé Ketu, e seria sincretizado no catolicismo ao Senhor do Bonfim. Os bantus são originários de Angola e Congo, na África. No Baixo Sul baiano a tradição é marcada pelo uso de adereços alegóricos: trajes de roupas coloridas papéis de seda e pinturas faciais. Nos períodos de festejo dos municípios, um grupo de homens utilizando búzios gigantes e enxadas tocadas como instrumentos de percussão se espalham pelas ruas durante a madrugada, acordando a população em ritmo de celebração.
Fonte : IPAC BA (11/01/2016 | 09h35) - janeiro 2016
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