Bloco com sede em Cajazeiras, o Afoxé Filhos do Congo já entra no último dia de folia planejando o carnaval 2018.
Segundo Nadinho do Congo, produtor geral, muitas surpresas devem acontecer para o carnaval do ano que vem. “Quanto mais antecedência temos pra pensar o carnaval, mais ele vai sair do jeito que a gente gosta e pra mostrar pro Brasil e para o mundo”, comenta Nadinho.
O Filhos do Congo é um bloco do meado do século XIX, que já está em sua terceira geração de diretores, sob o comando de Nadinho desde 1979. Mesmo assim, a emoção para Nadinho ao entrar no último dia de Carnaval continua a mesma. “A emoção é esse momento que a gente brinca na avenida e ao mesmo tempo educa e prepara as pessoas para conhecer a história do nosso povo”, relata.
O tema do carnaval do bloco em 2017 foi o Alaká ou Pano-da-Costa, como é mais conhecido. A indumentária da mulher negra trazida da África tem uma história contada na música-enredo desse ano que se chama “Pano-da-Costa, o Manto Ancestral”. “É importante mostrar traços fortes da nossa cultura como o Alaká. As pessoas precisam saber que não é só uma indumentária, tem uma hierarquia por trás que tem que ser respeitada”, disse Nadinho.
Além do Alaká, o Filhos do Congo também homenageou o Mestre Abdias do Nascimento e a sua filha Lurdinha, grandes disseminadores do ensinamento do tear do tecido na Bahia. O bloco segue em 2017 com suas atividades socioculturais, orientando crianças e adolescentes através de aulas de dança e música.
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