Com o tema “A Bahia canta a África” o Bloco Afinidade traz o ritmo do samba e sua influência vinda da África. Assim, o ritmo ganha um caráter tanto de diversão como de resistência em seu desfile na noite de sábado de Carnaval, dia 18 de fevereiro 2023. Com abadá em cores vibrantes em tons de vermelho e chapéu branco e bloco cruzou a passarela do Campo Grande e trazem também referências às bandas locais e nacionais de samba.
“Deus me livre não ser do samba”, diz Nelson Duarte, presidente do bloco Afinidade, fundado em 1997. “Salvador tem 170 bairros. Aqui no bloco tem folião dos 170 bairros da cidade”. Além de projetos sociais o ano inteiro, o Afinidade distribui fantasias para possibilitar a quem não pode pagar para desfilar em outras entidade. “Depois de dois anos sem Carnaval, nosso povo precisa desfilar, para encontrar os amigos na avenida, esquecer os problemas, se distrair. Nosso povo é alegre e precisa da festa”, conta Duarte.
Um grupo de três animadas foliãs confirma a fala do presidente tanto da alegria do povo, e também o fato de que o bloco reúne gente de todos os bairros da cidade, são elas, Maria Eunice, 57, mensageira, moradora da Vasco da Gama. Ednalva Menezes, 64, ascensorista, de Cosme de Farias e Eliene Xavier, mensageira do Garcia. Todas colegas de trabalho em um órgão público municipal.
BATATINHA e CONTRA-FLUXO
Ainda em ritmo de samba o bloco Ginga do Negro trouxe para a avenida o grupo Samba Ohana, já o Bloco Rodopiô com o samba contagiante dos músicos do bloco colocou seus associados para cair no samba. Seus desfiles no Centro Histórico de Salvador mantém vivo o Circuito Batatinha. Outra agremiação que desfilou no Pelourinho foi o Afoxé Filhos de Nanã muito colorido e com diversas alas.
Fonte: SECULT BA (19/02/2023 01:20)
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