RECONVEXO Eu sou a chuva que lança a areia do Saara, Sobre os automóveis de Roma, Eu sou a sereia que dança, Destemida Iara, Água e folha da Amazônia, Eu sou a sombra da voz da matriarca da Roma Negra, Você não me pega, Você nem chega a me ver, Meu som te cega, careta, quem é você? Que não sentiu o swing de Henri Salvador, Que não seguiu o Olodum balançando o Pelô, E que não riu com a risada de Andy Warhol, Que não, que não e nem disse que não, Eu sou um preto sulamericano forte, Sem brinco de ouro na orelha, Eu sou a flor da primeira música, mais velha, A mais nova espada e seu corte, Eu sou o cheiro dos livros desesperados, Sou Gitá Gogóia, Seu olho me olha mas não me pode alcançar, Não tenho escolha, careta, vou descartar, Quem não rezou a novena de Dona Canô, Quem não seguiu o mendigo Joãozinho Beija-Flor, Quem não amou a elegância sutil de Vovô do Ilê, Quem não é Recôncavo e nem pode ser Reconvexo. .·.·'¯`·.·.(¯`·._.·[ www.carnaxe.com.br/music/jauperi/ ]·._.·'¯).·.·'¯`·.·. o autêntico e mais completo Portal Letras da música baiana