Bouguereau
A obra de William-Adolphe Bouguereau retrata o Bacanal (do latim Bacchanalia) que eram festividades em homenagem a Baco (ou Dionísio), Deus do Vinho - dos excessos, das orgias,
que acontecia na Roma Antiga. O cerimonial era representado pela vinha, a pantera e o cântaro.
No começo só as mulheres que participavam e eram chamadas de MENADES, que significa furiosas.
Título da obra : O Jovem Baco e seus seguigores - 1884
BACANAL
Poema de Manuel Bandeira
Quero beber! Cantar asneiras
No esto brutal das bebedeiras
Que tudo emborca e faz em caco ...
Evoé Baco!
Lá se me parte a alma levada
No torvelim da mascarada,
A gargalhar em douro assomo...
Evoé Momo!
Lacem-na toda, multicores,
As serpentinas dos amores,
Cobras de lívidos venenos...
Evoé Vênus!
Se perguntarem: Que mais queres,
além de versos e mulheres?
- Vinhos!... o vinho que é o meu fraco!...
Evoé Baco!
O alfange rútilo da lua,
Por degolar a nuca nua
Que me alucina e que não domo!...
Evoé Momo!
A Lira etérea, a grande Lira!...
Por que eu extático desfira
Em seu louvor versos obscenos,
Evoé Vênus!
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