AQUARELA DO BRASIL

"Brasil, meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos ..."

Ao abrir com essa estrofe a antológica canção "Aquarela do Brasil", o compositor Ary Barroso saudava não apenas nosso país, mas também uma das mais caras tradições do nosso povo: a de cantar em prosa e verso as belezas da terra, da gente e da cultura brasileira.
O conjunto é tão harmônico quanto uma caprichada colcha de retalhos. Ao costurar esse amontoado de palavras, encontra-se o encanto pelo Brasil, misturado com pitadas da raça de nossa gente. Autêntico fragmento registrando nossa história.

Brasil,
Meu Brasil brasileiro,
Meu mulato inzoneiro,
Vou cantar-te nos meus versos.

Ô Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
Ô Brasil do meu amor,
Terra de Nosso Senhor.
Brasil, Brasil,
Pra mim, pra mim.

Oi! abre a cortina do passado,
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei-congo no congado.
Brasil, Brasil,
Pra mim, pra mim.

Ô, esse coqueiro que dá coco
Oi onde amarro a minha rede
Nas noites claras de lluar
Brasil, Brasil,
Pra mim, pra mim.

Oh! ôi essas fontes murmurantes
Ôi onde eu mato minha sede
E onde a lua vem brincar
Oh! esse Brasil lindo e trigueiro

É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Brasil, Brasil,
Pra mim, pra mim.

Texto : Walter Firmo



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