|
DESABAFO DE UM BAIANO
Quem conhece nunca esquece.Terra da Felicidade, capital da Alegria, abençoado por todos os santos e orixás.Quem conhece Salvador pela tv vai se surpreeder ao conhecê-la de perto.
Salvador é muito além da area famosa do Pelourinho,do Farol da Barra e das belas praias da Orla.É esta a Salvador que os turistas gostam de ver, pois quem quer gastar o seu porco dinheiro pouco se importa com quem esteja aqui.Todos querem encher a cara e realizar todas as suas fantasias sexuais neste que para eles é um paraíso de sexo fácil.E como eles gostam do carnaval!Folia rotulada de festa popular,mas para quem acompanha bem de perto percebe o verdadeiro apartaied social que é. E "viva ao povo brasileiro"! que me perdoe João Ubaldo, mas este tema escolhido par a este ano ada mais é do que uma disfarçada idéia de demcracia racial que estaria presente nesta terra tão descriminadora.
A TV carlista vem com o slogan "pode misturar", mas o que se viu foi uma festa onde os brancos detentores do capital e do pder viam de cima dos caros e sofisticados camarotes a ralé da classe média desfilar em seus blocos. Todos com seus abadás para se diferenciarem dos negros pobres da "pipoca". E pra não misturar se coloca outros negros pra servir de cordeiros.O que são cordeiros? Gente mal paga ( e quando paga)para agredir qualquer preto pobre que tente entrar no bloco dos "bacanas e dos gringos".
Uma festa regada a muita cachaça e droga.O resultado não podia ser diferente,milhares roubados e agredidos,centenas esfaqueados e baleados, sem contar com aqueles que perderam a vida e não vão aparecer no balanço da polícia de ACM.
Muitos irão embora dizendo que o povo baiano de fato é hospitaleiro.Estes estão satisfeitos de terem sido tão bajulados por nossos negros que por míseros trocados se prestavam como verdadeiros bobos da corte. Nossa tão conhecidas mulatas serviram de objetos sexuais em suas mãos. Provavelmente não se importarão com a idade desses objetos.Muitas serão as mães solteiras que terão que ralar para criar filhos de pais que nunca conhecerão.
E tudo terminou. A cidade sae do cenario nacional e volta a ser a cidade que abriga um povo esquecido e sofrido que faz desta festa um meio de esquecer por cinco dias que é infeliz. Nada melhor então do que continuar enchendo a cara ao som de uma alienante axé music,até a hora de voltar a sua habitual exporação.
Texto : Gustavo Mercês |