Projeto Raízes”, de Angeline Parra, contempla uma série de
estudos inspirados em máscaras africanas.
Artista pesquisou o tema no Brasil e na França.
Quem somos nós? Onde estão nossas verdadeiras raízes?
Quais são nossas vontades originais?
Partindo desses questionamentos, a artista plástica Angeline
Parra iniciou uma pesquisa de busca de identidade batizada de "Projeto Raízes". Pesquisei a arte africana e fiquei muito impressionada com sua pureza e simplicidade, uma beleza e força que dificilmente podemos ver na arte contemporânea, explica Angeline ao . Acredito que os traços mais simples e mais primitivos são mais fortes, mais profundos e, portanto, mais próximos de nós mesmos, complementa. Ao meu ver, essa sensibilidade mais pura pode ser um excelente meio para nos reencontrarmos e nos redescobrirmos.
Toda essa pesquisa baseada nas artes tribais primitivas começou com o quadro "Assum Preto", feito no Rio de Janeiro. Como não encontrou muitas referências a respeito de arte africana no Brasil, principalmente máscaras, tema que mais lhe interessava, Angeline continuou os estudos na França, no Museu do Louvre, Museu Dapper, Museu do Homem e na Biblioteca de Beaubourg.
Angeline já iniciou uma nova série de quadros:
"Raíz" (o primeiro, que inspirou o nome do projeto); "Tu" e "Abraço". A utilização de pigmentos para a fabricação de cores ao invés de tintas industriais, também contribui para a busca do essencial, “uma vez que os pigmentos naturais trazem a pureza necessária à obra”, justifica Angeline. “Quando o material é completamente industrializado, ele acaba perdendo sua criatividade e sua vida. Enquanto que se o próprio artista fabrica suas cores, ele tem todo o controle da sua criação e pode, portanto, criar uma intensidade, elasticidade e consistência únicas.”. Esse processo de fabricação mais artesanal das tintas é extremamente importante por ser o ponto inicial do quadro. “Na arte contemporânea existem muitas coisas que não funcionam porque são excessivamente pré-fabricadas, e acabam se tornando muito frias e distantes”.
Sua trajetória:
Ex-modelo das agências Ford e Elite, Angeline Parra, 22 anos, realizou sua primeira exposição individual "Eu Sou Sozinho, Eles são Todos" no Brasil em maio deste ano na Casa da Fazenda, em São Paulo.
Participou também de diversos salões como o "XIX Salão José Maria Almeida " Sociedade Brasileira de Belas Artes, no Rio de Janeiro; da 1ª Mostra de Arte Darci Penteado” que aconteceu no MUBE (Museu Brasileiro de Escultura), em São Paulo; na “First Internactional Art Showcase”, em NY; no “7º Salão Arte In Forma”, na Galeria Malí Villas-Bôas, em São Paulo e no 3º Salão Universo Feminino, ocorrido na Unisa (Universidade de Santo Amaro) em São Paulo; além de coordenar um projeto junto à ONG AltoSustentável no Rio de Janeiro, conquistando medalhas e menções honrosas .
Em setembro, a artista embarcou para Paris para estudar na École Nationale Supérieure Dês Beaux – Arts (Escola Nacional de Belas Artes) - em busca de aperfeiçoamento em pintura.
ol Folia.
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