Lançamento do CD e DVD Eletracústico

O CD conta com 14 músicas (que também estão no DVD) e nos revela um repertório surpreendente: Gil regravou algumas de suas canções de maior sucesso: “Refavela” (1977), “Andar com Fé” (1982), “A Linha e o Linho” (1983), “Aquele Abraço” (1969) e “Se eu quiser falar com Deus” (1980). A emoção também aparece em alguns clássicos, como “A Rita” (1965 – Chico Buarque), primeiro single de trabalho, ou “Maracatu Atômico” (1974), de Nelson Jacobina e Jorge Mautner, o qual fez uma belíssima participação, tocando violino. Gilberto Gil também nos delicia com algumas canções internacionais, como o tango “Cambalache”, de Enrique Santos Discépolo (1934), “La Lune de Gorée” (Gilberto Gil e Capinan – 1995) e uma emocionante versão para “Imagine”, de John Lennon (1971). O repertório traz ainda “Chuck Berry Fields Forever” (Gil – 1976), “Three Little Birds” (Bob Marley – 1977), anteriormente gravada por ele, no CD Kaya N’Gan Daya, e “Guerra Santa” (Gilberto Gil – 1995). Para encerrar a festa Eletracústica, nada melhor do que “Soy Loco por ti América”, de Gil e Capinan, gravada em 1967.

O DVD conta com 5 faixas além daquelas em comum com o CD: “Mãe Solteira” (Wilson Batista / Jorge de Castro), “Asa Branca” (Humberto Teixeira / Luiz Gonzaga), “Não Chore Mais” (versão de Gil para a música de Vincent Ford), “Drão” (Gilberto Gil), “Nos barracos da cidade” (Gil e Liminha) e “Touche Pas à Mon Pote”, também de Gil.
Os extras são um capítulo à parte, e trazem cenas inéditas de um show realizado na ONU, onde Gil cantou “Filhos de Gandhi” (Gilberto Gil), “Não Chore Mais” e “Soy Loco por ti América”. Uma entrevista com Gil conta um pouco mais sobre o projeto, seguida de uma outra, com cada músico participante, além de fotos inéditas, tiradas na estréia, no Canecão.

A direção musical do show ficou a cargo do próprio Gil. Já o DVD foi dirigido por Bernardo Palmeiro, da Fuzo Produções, e o CD teve a produção do veterano Liminha. Ambos são dedicados à memória do produtor musical e diretor artístico da Warner Music, Tom Capone, primeiro a sugerir e convencer Gil a gravar o show que ele já vinha apresentando por toda a Europa. Como se não bastasse, Eletracústico também é especial pela formação da banda: não há contra-baixo nem guitarra, tampouco metais, mas o som de Sérgio Chiavazzoli (cordas e vocais), Marcos Suzano (percussão e vocais), Gustavo di Dalva (percussão e vocais) e Cícero Assis (teclado e acordeão), sempre competentes, além do próprio Gil no violão, dão o tom exato ao show.

Eletracústico é assim, nas palavras do próprio Gil: “Trabalho fortemente marcado pelo diálogo entre percussão acústica (surdo, pandeiro, timbau, berimbau) e percussão eletrônica (máquina de ritmo, samplers, osciladores) A cozinha, a base - pela conversa entre violão, banjo, bandolim, acordeon, teclado e vozes, com seus sons naturais ou processados por midi eletrônico. No centro, o violão eletro-acústico, o canto ferino, o ballet felino e um repertório histórico.”
Por essas e por outras, Eletracústico é para cantar e se emocionar... E matar a saudade!


Fonte: Warner Music - Novembro 2004


enviar para um amigo             

www.carnaxe.com.br