O engenheiro agrônomo Ricardo Lelis Tavares ocupa
o segundo cargo mais importante na hierarquia da folia baiana:
presidência do Conselho Municipal do Carnaval.
Acima dele, apenas o prefeito tem mais poderes.
Composto por 25 integrantes, que não são remunerados,
o conselho delibera e fiscaliza todas as atividades
ligadas à festa e define o seu tamanho. "Como o conselho não executa, não temos nenhuma ingerência com o dinheiro proveniente de patrocínios, taxas, impostos entre outras coisas", enfatiza Ricardo.
Em sua primeira gestão à frente do órgão fiscalizador daquela que é considerada a maior festa do planeta, Ricardo Lelis não tem dúvida que tudo vai ocorrer bem, apesar de todos os problemas enfrentados, como a troca do tema da folia que, a princípio, era O coração do mundo bate aqui, passou para Colombina e voltou para o primeiro, e da polêmica instalação de um quarto circuito. "Acho que vamos fazer um grande Carnaval. A música baiana está numa fase excepcional", aposta.
Com bom trânsito no chamado mundo carnavalesco, Ricardo Lelis esclarece o que aconteceu com o tema do Carnaval: "Foi o conselho, sem ingerência de ninguém e com maioria, que decidiu sobre o tema para acabar com toda a polêmica. Para mim, o tema é o melhor possível pois vem se encaixar no momento em que o Brasil vem crescendo muito, e a música baiana começa a invadir o mundo, vide o sucesso de Brown na Espanha e de Ivete e Daniela em Portugal", enumerou Lelis.
A respeito de mais um circuito, que seria instalado no Comércio, ele foi taxativo: "Por determinação do prefeito, o quarto circuito não será viabilizado por uma questão financeira, aliada à falta de tempo para qualquer planejamento". Além do Conselho do Carnaval, Ricardo, que é irmão de Durval Lelys e André Lelis ("O único nome com Y é o de Durval", brinca), é presidente do Reino da Folia, entidade privada que engloba os blocos Me Abraça, Me Ama e CocoBambu e responde pela agenda da banda Asa de Águia.
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