Pelourinho, Patrimônio histórico da humanidade.
Seus cantos podem até ter história e bela arquitetura,
mas é a cultura que encanta a dupla Pierre Onassis e Jauperi.
Cada um com seu canto da cidade, mas, ambos, motivados
pela mesma coisa: a música. E não poderia ser diferente
para dois cantores que vivem em torno da melodia e dos acordes
desde cedo.
E quais serão esses cantos musicais?
Pierre foi certeiro
ao escolher sua maternidade musical. Não é nenhum hospital,
mas poderia ser, uma clínica dos cantores, dos músicos,
dos percussionistas, bateristas e muitos outros envolvidos
na arte de fazer som. "Meu canto é o Pelourinho, por que
foi ali que eu nasci", disse Pierre se referindo ao
nascimento de sua carreira artística no Olodum.
Foi no comando dessa banda que Pierre ficou conhecido e
marcou seu nome no mundo musical com as canções, que
viraram sucesso nacional, Requebra e Rosa e outras gravadas
por outros artistas, como Vai Sacudir vai Abalar", Lero Lero
(Cheiro de Amor), Música de Rua (Daniela Mercury),
Festa da Cidade (Araketu). Mesmo com sua saída do Olodum,
ele continua a freqüentar o Pelourinho, onde, juntamente
com Jauperi, faz os ensaios semanais da banda Afrodisíaco,
na Praça Tereza Batista.
Se Pierre Onassis nasceu para a música no Pelourinho, foi
o Rio Vermelho que criou Jauperi. "Vivi boa parte da minha
vida nesse bairro. O Rio Vermelho tem o toque diferente para mim",
disse Jau, como é chamado carinhosamente. Não é só a lembrança da
infância e da adolescência que faz Jauperi se encantar pelo lugar.
"É algo espiritual. Para mim tudo fica mais belo no Rio Vermelho,
tem mais graça, mais alegria. Até as músicas ficam mais
bonitas quando cantadas no Rio Vermelho", disse Jauperi.
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