Emi Music divulga para mídia o novo álbum de Margareth Menezes
Relato de Hagamenon Brito (EMI)

   

A cantora baiana Margareth Menezes, 42, lança o seu sétimo disco de estúdio, Pra você (EMI). Produzido pelo experiente Moogie Canazio (colaborador de Maria Bethânia, João Gilberto e Zizi Possi, entre outros), Pra você é o trabalho mais pop da carreira da compositora. Não que MM tenha abandonado a face afro, pois isso faz parte do seu DNA musical. Mas, certamente, o novo CD amplia os horizontes da cantora e equilibra bem a relação entre integridade artística e mercado.
Ela explica: "Eu criei o termo afro-pop para definir minha estética, tanto na parte rítmica quanto no comportamento. O público já identificou isso, mas senti necessidade agora de enfatizar o lado mais pop. Inclusive, como intérprete. Eu sempre fui uma cantora intuitiva, mas agora estou madura e preparada. É um prazer, por exemplo, poder fazer um dueto com Claudio Zoli em Só eu e mais ninguém (Vinicius Cantuária), um soul carioca que foi gravado anteriormente pelo extinto grupo Tigres de Bengala".
A diversidade das dez canções de Pra você confirma as palavras de Margareth. A primeira música de trabalho do CD, Como tu, é uma contagiante amálgama que desconhece fronteiras de ritmos e estilos. Versão da canção homônima do colombiano Carlos Vives, Como tu tem a participação especial de Ivete Sangalo: "Ivete é uma pessoa muito querida e a espontaneidade dela se encaixou perfeitamente na música. É uma honra tê-la no disco".
Margareth nunca se mostrou tão suave e romântica quanto em Versos de amor (de Manuca Almeida e Alexandre Leão, novos autores baianos), Contra o tempo (do mineiro Wander Lee) e Mesmo assim (de Fernanda Noronha e Jair Luz, outros novos baianos). Todas, com acento soul.
E quando o samba chama, ela não nega fogo, claro: homenageia o Rio com Pra você (Saul Barbosa/Pierre Onassis), reggueia em Miragem na esquina (Tom Duke/Esquisito), pega carona em Boleia Brasil (de sua autoria), funkeia em Chame ele (também sua) e corre pelas ruas afro-carnavalescas de Salvador em Abanaê (Cloves Cruz/Alaim Tavares/Gilberto Timbaleiro).
Depois de algum tempo com o seu brilho e força mais restritos ao público baiano, Margareth voltou a aparecer na mídia nacional com o hit carnavalesco Dandalunda (2002) e a participação especial no blockbuster fonográfico Tribalistas, dividindo a autoria e a interpretação de Passe em casa com Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown. "Estou na marca do pênalti. Com Pra você eu quero marcar o gol", brinca.
Com 18 anos de estrada, Margareth Menezes foi descoberta e projetada internacionalmente no fim da década de 80 por David Byrne, abrindo mais de 50 shows do ex-Talking Heads pelos EUA e Europa. Em 1989, a artista liderou por 11 semanas a parada world music da revista Billboard com o single Elegibô. No mesmo ano, lançou o álbum Um canto pra subir, pérola da world music.
Que a força esteja com Maga, pois não.


Fonte : Emi Music / Hagamenon Brito- Setembro 2005


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