Criada em 1989, a micareta de Vitória da Conquista pode ser dividida em dois momentos: antes e depois de 1997. O marco é o grau de profissionalismo que a festa passou a apresentar naquele ano. A diferença foi visível nos serviços de limpeza, saúde e na disposição da infra-estrutura montada ao longo do circuito. A partir daí, a Miconquista passou a ser conhecida, não só pelo clima de tranqüilidade, mas também pela organização.
A equipe do Governo de Guilherme Menezes, que assumiu a Administração Municipal em 1997, teve que enfrentar um importante desafio para realizar a micareta: a herança de uma prefeitura totalmente desestruturada e com dívidas em torno de 83 milhões de reais. Essas dificuldades, somadas à inexperiência na organização da festa, foram vencidas com criatividade e união.
O esforço valeu a pena! A qualidade da organização da micareta é reconhecida por foliões, diretores de blocos, imprensa e outros segmentos da sociedade conquistense. Nos anos seguintes, a Administração Municipal se preocupou em melhorar, cada vez mais, a infra-estrutura da festa e em promover a diversidade e os bons negócios.
Na nova gestão de Guilherme Menezes, iniciada em 2001, e assumida pelo prefeito José Raimundo Fontes em abril de 2002, a qualidade na organização da Miconquista consolidou-se. Iluminação e serviço de limpeza eficientes, atendimento de saúde ao folião de alta qualidade, presença do SAMU 192 no circuito, atuação intensiva da Vigilância Sanitária, do Conselho Tutelar e do Programa Sentinela, entre outras ações, têm garantido a tranqüilidade, não só de quem brinca ou trabalha na festa, mas da comunidade, de um modo geral.
A Miconquista 2004 foi um dos pontos altos da política de organização do evento, implantada há 9 anos. No ano passado, a micareta teve todos os ingredientes de uma grande festa: diversidade (axé, rock, pop, forró, carnaval antigo e ritmos afro), bons negócios para os barraqueiros, presença das grandes estrelas da música baiana e um público estimado em 200 mil foliões.
Entre 2001 e 2004, o coordenador da Miconquista foi o professor Elias Dourado, ex-secretário de Expansão Econômica e atual diretor da Agência de Desenvolvimento. Dourado lembra alguns desafios, como a questão do circuito, e pontos positivos. “Além da tranqüilidade da festa, temos que destacar o profissionalismo atingido pela organização, com a terceirização de parte da infra-estrutura e a parceria com blocos, órgãos de segurança e foliões”, afirmou.
Dourado também lembra o diferencial da Miconquista com relação a outras micaretas realizadas pelo Brasil. “Esse diferencial é o fato de termos uma festa para todos os gostos, com a criação do Espaço Mamãe Eu Quero e seu carnaval antigo, em 1997, do Point do Rock, do Espaço do Forró e do Palco Miscigenação, nos últimos 4 anos, que trouxeram mais pessoas para a micareta, ampliando a participação popular”, disse Elias Dourado.
A marca da micareta de Vitória da Conquista desde 1997, baseada no conjunto organização – segurança – paz, ganhou mais uma importante característica: a diversidade de ritmos, sons e manifestações culturais. A Miconquista atrai pessoas de várias idades e gostos, numa celebração que envolve muita irreverência, descontração e alegria. A festa é, também, o maior evento turístico da cidade