André Simões abre o jogo sobre o APA
APA - Associação dos Produtores de Música do Estado da Bahia


CORREIO FOLIA - O que determinou as saídas das produtoras Canto da Cidade (Daniela Mercury) e Mazana (Chiclete com Banana) da APA?
ANDRÉ SIMÕES - Na entidade existem correntes progressistas, conservadoras e centristas e no momento elas estão divergindo sadia e naturalmente. Tanto assim que nas cartas em que os representantes dessas produtoras, Clínio Bastos (Canto da Cidade) e Roberto Cavalcante (Mazana), enviaram à APA eles deixaram bem claro suas posições que não têm nada a ver com coisas pessoais. Então, essas saídas foram por opções. Talvez seja até uma postura estratégica para pensarmos numa APA maior.

CF - E por que Jesus Sangalo e Vera Lacerda entregaram seus cargos de presidente e vice, respectivamente, mas suas produtoras, Caco de Telha e Ara Ketu, não se desfiliaram?
AS - Quando assumiu o cargo de presidente em meados de 2005, Jesus nos disse que iria tentar equacionar as atribuições na APA com seus compromissos pessoais e os compromissos de Ivete Sangalo, de quem ele é empresário. Só que a carreira de Ivete cresceu de tal forma que ele teve de optar e abrir mão da presidência da APA. Em solidariedade, Vera Lacerda também resolveu sair pois ela assumiu juntamente com ele.

CF - Como está o processo de sucessão? Você já pode me informar quem será o novo presidente da APA?
AS - Acredito que depois do Axé Brasil e, no máximo, até o dia 15 de maio, estaremos elegendo os novos membros. Estamos conversando para convergirmos em torno de um novo nome sem precisar ter disputa de chapa. Sempre foi assim na APA. O nome surge de uma convergência. E o próximo presidente terá um desafio muito grande, que é convergir as linhas de pensamento das diversas correntes que fazem parte da associação.

CF - Qual o futuro da APA?
AS - Existe o pensamento por parte de uma corrente em transformar a APA numa federação, representando o "trade", envolvendo todos os segmentos que ganham dinheiro com música e Carnaval. Uma outra corrente acha que a Associação deve se ater a pesquisar e encontrar soluções para o desenvolvimento da produção musical.

CF - No momento como funciona a APA?
AS - A Associação é formada por 18 empresas produtoras e 20 artistas. Cada um paga uma contribuição mensal para custear todas as despesas. Nós temos um plano de trabalho que inclui ações educacionais, sociais, culturais e mercadológicas.

CF - Você pode detalhar essas ações?
AS - Nosso primeiro projeto em parceria com o governo do estado, através da Bahiatursa, foi a campanha Vem pra Bahia, feita em 2004. Depois, fizemos o Axé Brasil, em 2005, já no Estádio do Mineirão. Em parceria com a Rede Social, da Rede Bahia e do Unicef, realizamos no ano passado a campanha Axé pra Você - Ato de solidariedade, que resultou no show da Fonte Nova, além das ações do selo Axé pra você, um selo de responsabilidade social que reúne os empresários e artistas da axé music através da APA em parceria com a Associação dos Blocos de Trio, Associação dos Blocos da Barra, Associação dos Blocos Alternativos e Associação dos Blocos de Salvador.

continuação...


Fonte : Osmar Martins (Correio da Bahia) - Março 2005


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