Osba homenageia os 120 anos de Heitor Villa-Lobos
Secretaria de Cultura da Bahia - Ano I - Nº 17

O Brasil celebra em 2007 os 120 anos de nascimento de um dos seus maiores compositores de todos os tempos, Heitor Villa-Lobos (1887-1959). Integrando-se às homenagens, a Orquestra Sinfônica da Bahia realiza um concerto especial dentro da Série Nossos Músicos, nesta quarta-feira, dia 27 de junho, na Sala Principal do Teatro Castro Alves, às 20h30, sob a regência do maestro Erick Vasconcelos. O espetáculo terá como solistas convidados Sônia Rubinsky (piano) e Gianluca Littera (harmônica).
No programa, Choros n° 7 – Settimino (com a participação dos músicos da OSBA como solistas Alexandre Casado, Lucas Robatto, Diana Abadjeiva, Solamy Roccio, Pedro Robatto, Cláudia Salles e a musicista convidada Suzana Kato), Concerto para harmônica e orquestra W. 524 e Momo Precoce – Fantasia para piano e orquestra sobre o Carnaval das Crianças Brasileiras, de Villa-Lobos. Os ingressos (inteira) custam R$ 10, (filas Z1 a Z11), R$20, (filas A a C) e R$ 40, (filas D a P). A Osba tem como gestor artístico o pianista Ricardo Castro. É mantida pela Secretaria de Cultura, através da Fundação Cultural do Estado e TCA.

Villa-Lobos (compositor)
Nasceu no Rio de Janeiro, em 5 de março de 1887. Heitor Villa-Lobos compôs cerca de mil peças em diferentes estilos, incluindo sinfonias, concertos, óperas, corais e temas para o cinema. É considerado o maior compositor das Américas. Através dele, a música brasileira chegou a várias partes do mundo. Na década de 1910, ingressou no Instituto Nacional de Música, no RJ, mas não concluiu o curso, insatisfeito com o ensino acadêmico. Suas primeiras peças tiveram inspiração em Puccini e Wagner, porém, a maior influência foi Igor Stravinsky. Apesar das características da música erudita ocidental, Villa-Lobos sempre utilizou em sua obra aspectos da cultura popular, do folclore e da natureza do Brasil. As “Bachianas” formam o ciclo de peças mais famosas do compositor, escritas no período 1930-1945. Consagrado internacionalmente, Villa-Lobos morreu de câncer em 1959, no Rio.

Sonia Rubinsky (solista)
Nasceu em Campinas, São Paulo, onde iniciou seus estudos com Olga Rizzardo Normanha. Estudou posteriormente na Academia Rubin de Jerusalém. Considerada uma das melhores pianistas brasileiras da nova geração, é doutora em Piano Performance pela Juilliard School de Nova York. Quando ainda adolescente, despertou a atenção do pianista Arturo Rubinstein, que admirou seu forte temperamento musical. Apresentou-se com importantes orquestras, entre elas a St. Luke's Orchestra, em Nova York, e as Orquestras Sinfônicas de Richmond, Syracuse e Phoenix. No Brasil, seus concertos incluem apresentações com a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e de São Paulo, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a Orquestra Sinfônica de Campinas. Vem desenvolvendo carreira internacional com recitais em Roma, Amsterdam, Tel-Aviv, Paris, Nova York, Boston, Chicago, Los Angeles, Toronto e Montevidéu. Entre os prêmios recebidos estão: "Melhor Recitalista do Ano", pela Associação Paulista de Críticos de Arte, "William Petschek Award" da Juilliard School em Nova York e o primeiro prêmio no concurso "Artists International" em Nova York. Foi indicada para o Grammy de 1999 por seu CD com obras de Villa-Lobos.

Gianluca Littera (solista)
Nasceu em Roma, Itália, em 1962. É um dos raros músicos no mundo que tem se dedicado profissionalmente ao repertório clásico para harmônica. Começou a estudar o instrumento aos 10 anos, explorando o jazz e a música clássica. Iniciou também os estudos de viola, em 1974. Seu repertório camerístico e sinfônico inclui Darius Milhaud, Gordon Jacob e William Walton. Gravou com cantores como Luciano Pavarotti e José Carreras. Em 1997, gravou o Concerto Villa-Lobos com a Orquestra Filarmônica de Gran Canária, dirigida por Adrian Laper, para Arte Nova-BMG. Em sua prestigiada carreira, tem sido convidado por grandes instituições e eventos como o Festival de Ravenna, Festival de Antibes, Orchestra di Roma e del Lazio, Orquestra Sinfônica de Bilbao, e Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Realizou turnês no Brasil em 2003 e 2005.

Erick Vasconcelos (maestro)
Natural de Ilhéus, Bahia. Professor dos cursos de graduação e mestrado em música da Escola de Música e regente da Orquestra Sinfônica da Bahia e da UFBA, o maestro Erick Vasconcelos estudou na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia. Depois de ter participado como violinista na Orquestra Sinfônica da UFBA, optou pelo curso de Regência, graduando-se em 1975. Três anos mais tarde, recebeu uma bolsa de estudos do Deutscher Akademischer Austausdienst e foi para a Alemanha, onde fez mestrado em regência na Staatliche Musikhochschule Koln. Em 1987, foi para os Estados Unidos fazer doutorado em Regência Orquestral na University of Texas at Austin, concluindo o curso em 1991. Vasconcelos atuou como regente frente a orquestras alemãs, americanas e brasileiras, a exemplo da Orquestra Sinfônica de São Paulo e da Orquestra Sinfônica do Palácio das Artes, em Belo Horizonte

Programação
- H. Villa-Lobos (1857-1959) - Choros n° 7 – Settimino
- Concerto para harmônica e orquestra W. 524: Allegro Moderato, Andante e Allegro.

- Momo Precoce
Fantasia para piano e orquestra sobre o Carnaval das Crianças Brasileiras


Fonte : Luciano Matos - 25 Junho 2007

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