A Avenida Sete literalmente abriu alas para o samba passar. O cortejo Cultural Viva Salvador, coordenado pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), homenageou a capital baiana nos seus 458 anos, hoje (dia 29) à tarde, com a participação de 25 alas, incluindo escolas de samba do Carnaval baiano das décadas de 60 e 70 e manifestações populares, que percorreram o trecho entre o Campo Grande à Praça Municipal, contaminando muita gente com alegria, sensualidade e animação.
A mais antiga escola do samba da cidade, a Lira Imperial do Samba, liderou o cortejo com cuícas, pandeiros, tambores, surdos e cavaquinho e o requebro das mulatas. A escola de samba teve como destaque a musa do carnaval de Salvador em 2005, Yuca Tchan, e arrastou representantes de 11 entidades, a exemplo da Juventude do Garcia, Ritmo da Liberdade e Bafo de Onça.
'Esta manifestação reforça a nossa proposta de resgatar as escolas de samba que tanto animaram o Carnaval baiano', sinaliza Pedro Bispo, conselheiro fiscal da Lira Imperial. Além das escolas de samba, o cortejo teve a participação do Grupo Melhor Idade, do Mais Social, entidades culturais, escolas municipais, bandas, fanfarras e personagens do circo, como palhaços e malabaristas.
Na Praça Municipal, Salvador foi homenageada com um sonoro parabéns, nos ritmos de samba e fanfarra, com direito a bolo e a presença do prefeito João Henrique. Fogos de artifício despontaram na Baía de Todos os Santos saudando a aniversariante.
Para a aposentada Maria Augusta Oliveira que fazia compras na Avenida Sete, durante a passagem do cortejo, 'a manifestação foi muito bonita, acompanhei sambando desde a Ladeira de São Bento até a Praça Municipal. Acho importante a iniciativa da Prefeitura em ceder espaço ao samba, devolvendo o seu lugar na cultura baiana'.

Cerimônia
Além do cortejo, um série de atividades marcaram hoje as comemorações dos 458 nos de fundação da Cidade de Salvador. Como parte das homenagens, a Câmara Municipal promoveu uma sessão solene com a presença do prefeito João Henrique, secretários, representantes da sociedade civil e parlamentares. A abertura foi feita com a execução do Hino Nacional, tocado pela Banda dos Fuzileiros Navais, acompanhada por estudantes da rede estadual de ensino, que encheram as galerias para assistir a cerimônia.
O presidente da Fundação Gregório de Matos (FGM), Paulo Costa Lima, que falou para os participantes, destacou as ações governamentais desenvolvidas durante todo o mês de março com a intenção de transformar um evento cívico e atos de participação da sociedade, a exemplo das políticas públicas que têm sido desenvolvidas para estimular a cultura nos bairros, através das ações da Escola-rede Municipal de Cultura, em parceria com outros órgãos públicos.
A sessão foi encerrada com a apresentação para o público da nova bandeira de Salvador, alusiva a símbolos históricos da cidade. Depois, o prefeito e comitiva seguiram para o Palácio Thomé de Souza, para cantar o parabéns do aniversário da cidade e cortar a primeira fatia de um grande bolo, que foi oferecido ao público em frente ao palácio.
Um dos bolos, medindo um metro e sessenta centímetros, com uma ilustração do Elevador Lacerda, feita em película comestível e gelatina, foi um presente do Hotel Sofitel de Itapuã ao prefeito João Henrique.
A festa reuniu diversas representações culturais na Praça Thomé de Souza, com cerca de três mil pessoas. As comemorações foram encerradas com um grande show, a paartir das 20 horas, da Banda Motumbá, no campo da Pronaica, em Cajazeiras, reunindo centenas de pessoas.

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