Credicard diz que alertou sobre o risco de furtos

Bastidores do show Chiclete com Banana


O Credicard Hall afirmou que quadrilhas de criminosos costumam agir em shows de axé promovidos pela casa.
"Elas [quadrilhas] entram no show só para fazer isso [furtos e roubos]. Show de axé não tem jeito. Por mais que se previna, faça reuniões com órgãos públicos, é difícil saná-las", afirmou Edmar Nogueira, gerente de operações do Credicard Hall.
Segundo ele, os clientes foram avisados por meio de banners na entrada a não carregar celulares e não levarem carteiras, sob o risco de serem furtados.
A segurança da empresa Fonseca, contratada para o evento, contou com 250 pessoas dentro do show, mais 30 na área externa com cães, 20 à paisana e cinco câmeras de vídeo. Mas a empresa não usou detectores de metal.
Além disso, cem PMs faziam a segurança nas ruas, de acordo com o Credicard Hall, que também informou ter alvarás para o funcionamento do show.
A casa pede para as vítimas que tiveram seus pertences furtados dentro do show a procurarem para discutir sobre o valor do ressarcimento do que foi perdido. "Estamos dispostos a ressarcir, mas só quem estava dentro", afirmou Nogueira.
Os assaltantes, que, segundo a polícia e a casa de shows, pagaram para entrar no local para realizar os furtos e agressões, visaram, principalmente, as mulheres --70% do público presente era feminino. Dezessete das 25 pessoas que procuraram a polícia para fazer boletim de ocorrência eram mulheres jovens ou adolescentes.
Uma pessoa procurou a Folha afirmando que alguns criminosos usavam canivetes para ameaçar as vítimas. Procurada pela reportagem, a empresa que organizou o show disse que não foram utilizados detectores de metal na revista.
O produtor carioca Ronaldo Campos, que neste ano realizou um evento de samba para 20 mil pessoas, disse considerar o número de seguranças satisfatório, mas ressalvou que é preciso dotar o local de toda a estrutura para impedir a entrada de objetos que possam ser usados por assaltantes. "Você precisa de detectores de metal e, se for o caso, até ter uma sala para que as pessoas deixem objetos cortantes. É uma precaução importante."
Três suspeitos haviam sido presos anteontem em flagrante pela PM dentro do veículo de uma das vítimas, na rua Adele, 200, próxima ao evento. Os serventes Ronie Cesar de Abreu, 23, e Joel Santos Ramos, 25, além do mecânico Ednaldo Surica Ferreira, 29, foram presos em flagrante e levados para o CDP de Osasco. Foram indiciados por furto qualificado. A pena para esse crime pode chegar a cinco anos de reclusão.

SHOW CHICLETE COM BANANA
detalhes aqui


Redação: José Ernesto Credendio
Folha de S.Paulo - 13/03/2007


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