Parente próximo do bandolim elétrico, a guitarra baiana será homenageada no Pelô com o show do Projeto Baiana System, dia 09 de dezembro, às 21h, no Largo Tereza Batista. A apresentação faz parte da agenda do Pelourinho Cultural, Programa da Secretaria de Cultura do estado da Bahia. O instrumento, que representa um híbrido entre o cavaquinho e o bandolim, é a inspiração da formação do Baiana System.
Criado pelo compositor e instrumentista Robertinho Barreto, guitarrista da banda Lampirônicos, o Baiana System é um projeto musical que surgiu da necessidade do músico de avançar com a guitarra baiana por novos horizontes. “As novas gerações e o carnaval no formato em que está atualmente fazem com que a guitarra baiana fique de fora das composições”, afirma o músico que busca inserir o instrumento em um contexto diferente. “Eu acho a guitarra baiana muito rica, ela precisa dialogar com outros instrumentos e fazer parte de outros contextos. Não pode ficar presa ao universo do trio elétrico”, completa Robertinho.
Para o show no Pelourinho o Baiana System apresentará as músicas do CD homônimo ainda não lançado. As composições são de Robertinho Barreto e de Russo PassaPusso, vocalista do grupo. Apesar de não ter uma formação definida, possibilitando assim que a guitarra baiana interaja com diversos instrumentos e bases, o Baiana System contará também com o baixo de Marcelo Seco e com as bases sampleadas em formato Live P.A. de Chico Correa.
O Projeto Baiana System tem seu nome fundamentado na guitarra baiana, instrumento tipicamente brasileiro, também conhecido como pau elétrico, criado na década de 40 na Bahia por Osmar Álvares Macêdo e Adolfo Nascimento, o Dodô. O “System” vem do Sound System Jamaicano, modelo que deu origem ao rap. No palco isso se caracteriza através de um vocal que interage e dialoga com a guitarra baiana e com as bases, formando uma música original que mescla elementos do carnaval baiano com uma batida eletrônica.
O Projeto conta ainda com a concepção visual do designer Filipe Cartaxo. A cargo dele fica a tarefa de contextualizar o som do Baiana System com uma estética visual baseada em cores, grafismos e séries, inspirada nos tecidos das mortalhas carnavalescas da década de 70. Evento gratuíto.