Nem a chuva desanimou o público que compareceu este fim de semana (24 e 25) ao Largo Tereza Batista para curtir o Bigbands Festival – festival de bandas independentes do cenário do rock baiano e nacional. A programação contou com o apoio do Pelourinho Cultural, Programa da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.
Dentre as atrações, estiveram as bandas do Rio Grande do Sul, Frank Jorge e Tom Bloch, a banda Julia Says, de Pernambuco, e Black Drawing Chalks, de Goiás. Oito grupos locais também marcaram presença no palco do Bigbands. Abrindo a noite de sábado, a banda baiana Demoiselle apresentou um som com influências de folk e hard rock. Subiram ainda ao palco nos dois dias de festival as atrações locais Pastel de Miolos, Messias, Nancy Viégas e Back Banda Radiola, Mortícia, Yun-Fat, Os Irmãos da Bailarina e Estrada Perdida.
No seu segundo ano de existência, o Bigbands continua a promover em Salvador uma mostra da produção musical da cena independente do Brasil. Para o idealizador do evento, Rogério Big, o festival veio para absorver uma demanda que existe em Salvador. “Cidades como Goiânia têm cinco festivais como esse. Nós temos apenas o Palco do Rock e o Boom Bahia, que não contemplam todas as bandas daqui”, explica. A intenção é que no ano que vem o festival acolha mais grupos do interior do estado. “Pretendo expandir o espaço para que mais bandas de cidades como Juazeiro e Vitória da Conquista possam participar”, conclui Big.
Para a designer de moda Ludmila Guimarães, que foi acompanhar as apresentações, o evento serviu para movimentar a cena musical alternativa do Estado. “Gostei muito do Festival. A cena do rock baiano estava meio parada e o Bigbands deu uma sacudida nela”, disse Ludmila.
Há quase oito anos sem aparecer nos circuitos musicais da cidade, o músico Messias Bandeira, líder do grupo Brincando de Deus, marcou presença no festival para apresentar ao público o seu trabalho solo Escrever-me, envelhecer-me, esquecer-me com 32 músicas, todas composições próprias. “Para mim é uma experiência singular começar a minha carreira solo aqui no Pelourinho”, comemorou Messias.
Uma das atrações mais esperadas da programação, o multi-instrumentista e acadêmico gaúcho Frank Jorge trouxe pela primeira vez a Salvador o seu projeto solo com influências da Jovem Guarda, dos Beatles e dos movimentos musicais dos Anos 60. Frank, que se disse surpreso com a animação do público soteropolitano, afirmou ser um prazer tocar em Salvador. “Eu vejo no Bigbands uma oportunidade de tocar com a cena local e para mim é um prazer enorme participar disso. Foi muito bacana, eu curti muito essa vinda a Salvador”, falou Frank.
Diversos expositores também marcaram presença durante o evento oferecendo ao público camisetas com estampas criativas, acessórios coloridos, objetos de decoração e CDs diversos. Como na edição anterior, o Festival incentivou a doação de livros, que serão destinados à Biblioteca Zeca de Magalhães, do Centro de Referência Integral de Adolescentes, o CRIA, que tem sede no Pelourinho.
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