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Sambas de Batatinha balançaram o Pelourinho
comentários da folia
Programação contou também com apresentação da peça Barrela

A programação Tô no Pelô, uma realização da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, com apoio do Programa Pelourinho Cultural, agitou a noite desta quarta-feira (28) nos largos do Pelourinho. O Grupo Botequim, regional de samba que nasceu no bairro de Itapuã há três anos, estreou o show Tributo a Batatinha no Largo Tereza Batista, enquanto no Largo Pedro Archanjo continuaram as apresentações da peça Barrela, com texto de Plínio Marcos.
Com um cenário que transformou o palco em um botequim inspirado no Bar Toalha da Saudade, que pertenceu ao sambista Oscar da Penha, o Batatinha, o grupo deu início ao show que teve repertório exclusivo de sambas e marchinhas deste artista da música. Na plateia, num espaço preparado com mesas para que o espectador se sentisse inserido no clima de bar, um convidado ilustre acompanhava as músicas com um sorriso no rosto. Era J. Velloso, um dos responsáveis pelo trabalho de recuperação e registro de cerca de 70 músicas, muitas das quais inéditas, do saudoso sambista.
Convidado pelo Grupo Botequim para subir ao palco, J. Velloso cantou Pra Todo Efeito, fazendo o público cantar e sambar. “A música chegou à minha casa através de Caetano Veloso e Maria Bethânia. E foi através de um disco de Bethânia que eu primeiro conheci Batatinha”, afirmou J. em cima do palco.
Outros dois ilustres convidados foram Edson Sete Cordas, amigo, parceiro e contemporâneo de Batatinha, e Walmir Lima, compositor da música Ilha de Maré e discípulo de Oscar da Penha. Walmir cantou Marta, que afirmou ser uma das músicas preferidas de Batatinha, acompanhado apenas por Edson ao violão.
A pedagoga Maíra Valente de Souza, 24 anos, foi ao show acompanhada do namorado e afirmou estar adorando a programação cultural do Centro Histórico. “Eu acho muito legal trazer grupos como esse para cá, inclusive é uma política bastante interessante para a revitalização do Pelourinho”, afirmou.
O compositor J. Velloso também concordou com Maíra. “Acredito que projetos como esse é que fazem revitalizar um lugar. A arte é a alma de lugares como o Pelourinho. Por isso projetos como esse têm que continuar, em função do patrimônio da Bahia”, acrescentou Velloso.
Ao final da apresentação, o público clamou por “mais um” e foi atendido, com confetes e serpentinas, e com a execução das marchinhas Bebê Diferente e O Circo. Não faltou animação na noite desta quarta-feira (28) no Pelourinho!
No Largo Pedro Archanjo, a peça Barrela discutiu problemas atuais através do foco na situação carcerária do Brasil. Barrela fica em cartaz até a sexta-feira, dia 30 e o Grupo Botequim faz apresentações até sábado, dia 31 de outubro.

TRIBUTO AO BATATINHA
programação completa
confira aqui


Fonte : CarnAxE in Texto&Cia - Outubro 2009

www.carnaxe.com.br