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Daniela Mercury define tema do carnaval
Na terça de carnaval, a cantora faz homenagem ao Neguinho do Samba

01.02 - Ensaio Ara Ketu, salvador BA

CARNAVAL DE SALVADOR
11 - QUI - Camarote Daniela Mercury
12 - SEX - Camarote Daniela Mercury
13 - SAB - Camarote Daniela Mercury
14 - DOM - Bloco CroCodilo
15 - SEG - Bloco CroCodilo
16 - TER - Bloco CroCodilo

 

14.02 - Bloco Crocodilo – É o Trio Elétrico e a Guitarra baiana
Fubica - Nascia com esse nome, há 60 anos, o trio elétrico. Um pequeno carro com som amplificado e que se tornaria o principal símbolo da maior festa de rua do Planeta. Hoje, grandes caminhões sofisticados, confortáveis e altamente planejados. Iluminação, som e design da mais alta qualidade. Daniela criou o seu Triatro, que a acompanha durante o carnaval de Salvador desde 2007. Com um andar a mais do que os trios tradicionais, o Triatro – ou a escola de samba de rodas, como diz Daniela – tem 20 metros de comprimento, 4 metros de largura e chega a pesar 70 toneladas. Um palco com 80 metros quadrados fica totalmente livre, o que proporciona um espetáculo único com as performances da cantora baiana e do seu Balé. Para homenagear o trio, Daniela compôs, juntamente com o músico e cantor, Marcelo Quintanilha, a canção “Andarilho Encantado”, fazendo alusão ao caminhão mais charmoso do Brasil. O potente som do Triatro vai dar voz à primeira cantora do trio elétrico: a guitarra baiana.
Guitarra Baiana - O instrumento que hoje conhecemos como guitarra baiana, evolui do Pau Elétrico, construído no início dos Anos 40 por Dodô e Osmar. O instrumento, com nome engraçado, consistia em um braço de um cavaquinho montado sobre um pedaço comprido de jacarandá, um captador magnético caseiro e quatro cordas. Já na década de 50, o Pau Elétrico muda de visual, se aproximando do que hoje conhecemos, mas permanece com o mesmo nome. Já na década de 70, Armandinho começa a usar o termo guitarra baiana como referência ao instrumento em capas de discos, batismo que permanece ainda hoje.

15.02 - Bloco Crocodilo – Tributo a Ramiro Mussoto
Para Daniela, ele sempre foi o “mais baiano dos argentinos”. Para o mundo, ele foi um dos mais brilhantes percussionistas e produtores musicais dos últimos tempos. Conseguia como ninguém unir a tradição com a modernidade. Nascido na Argentina, viveu na Bahia por mais de vinte e cinco anos. Em nossas terras, além de música, fez amigos. E com alguns amigos, também fez música. Muita música. Assim aconteceu também com Mussoto e Daniela Mercury. Amigos, músicos, parceiros. Tocou também com outros nomes da música brasileira, como Lulu Santos, Lenine e Skank. Ramiro começou a trabalhar com Daniela Mercury ainda como percussionista na banda da cantora com a turnê “Canto da Cidade”. Sempre foi cúmplice e fã do Samba-Reggae. Começou junto com Daniela as pequisas de união da música eletrônica com a música baiana. Em pouco tempo, ele passou a participar da produção musical dos discos de Daniela. Uma parceria que começou com o CD “Música de Rua” e se estendeu até o último CD Canibália, quando Ramiro Mussoto produziu as músicas: Bênção do Samba, Tico Tico no Fubá, Dona Desse Lugar, Sol do Sul, Trio em Transe e One Love. Neste dia de festa, a música eletrônica estará mais presente no repertório de Daniela.

16.02 - Bloco Crocodilo – Homenagem a Neguinho do Samba
“Eu perdi um amigo. O Samba-Reggae, seu criador. A música, um mestre. A Bahia, uma referência”. De forma simples Daniela Mercury sintetiza a precoce morte de Neguinho do Samba. Filho de uma lavadeira, Neguinho desde cedo mostrou aptidão para a música. De fazer batuques com uma bacia a tocar em um tambor de verdade, muita luta, muita história. Tocou para o mundo. Mudou histórias de vida. Ensinou, mas sempre fez questão de dizer que aprendeu. Fundou a escola de percussão Olodum e a Banda Didá. Mudou a história da música baiana. Regia sua percussão com suas baquetas, que viraram as batutas de um verdadeirdo maestro, criando incríveis arranjos percussivos. Amigos e parceiros, a artista baiana dedica a terça-feira de carnaval ao criador do ritmo que sempre foi a base de seu trabalho como cantora. Para participar desta homenagem, Daniela tem duas convidadas em seu triatro: a banda percussiva Didá, outra criação de Neguinho, e a cantora Márcia Short, ex-banda Mel e um dos grande nomes da música baiana. As mulheres, no palco, para homenagear Neguinho. Juntas, Daniela, Didá e Márcia, vão celebrar o samba-reggae que já foi ouvido no mundo e reconhecido por nomes como Paul Simon e Michael Jackson. No repertório sucessos que marcaram época ao som da batida dos tambores do Pelourinho. Ser convidada pela Rainha é sempre motivo de muita honra para a Didá. Seu convite é na verdade um chamado de quem sempre respeitou e louvou nosso mestre Neguinho do Samba. Sei que do céu Neguinho vai assistir e guiar essa estréia e vai sorrir dizendo: Quando é com Daniela vocês tocam baixo né? Como legítimas herdeiras e guardiães da filosofia de Neguinho - a Didá e Daniela mais uma vez irão encantar o planeta. Comos sempre diz Daniela, Viva Neguinho do Samba! Vivam Caroline.

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Fonte : CarnAxE - Fevereiro 2010