O ano de 2010 trouxe de volta a alegria para a banda feminina de samba-reggae mais querida do Brasil. Após a perda, em outubro de 2009, de Neguinho do Samba, seu criador e maior incentivador, a Didá retomou seus ensaios em janeiro de 2010 com a volta do Projeto Vem Pra Didá Vem Para o Pelô. A banda já soma 19 apresentações e ao longo do projeto atraiu um público geral de dez mil pessoas ao Largo Tereza Batista. Os shows contam ainda com a participação especial de uma convidada por noite. Ao lado da Didá, já estiveram grandes cantoras como Daniela Mercury, Mariene de Castro, Noeme Bastos, Nara Costa e Juliana Ribeiro. E, para finalizar o projeto com chave de ouro, a 20ª apresentação de 2010 da banda contará com a presença da baianíssima Margareth Menezes, uma das grandes musas do samba-reggae. O show será nesta sexta-feira (13) no Largo Tereza Batista, a partir das 20h. A proposta faz parte da agenda Tô no Pelô, do Pelourinho Cultural, programa da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.
Criada em 1993 por Antonio Luís Alves de Sousa, o Neguinho do Samba, a Associação Educativa e Cultural Didá surge para oferecer às mulheres, principalmente às negras, um espaço para expor suas idéias e desenvolver diversas atividades. Principal produto dessa associação cultural sem fins lucrativos, a Banda Didá, formada exclusivamente por mulheres, une a cadência do samba-reggae à feminilidade das artistas que buscaram um jeito orgânico para tocarem instrumentos de percussão sem perder o charme ou o ritmo. O grupo também busca um contexto visual singular, uma vez que em seus shows pelo projeto as meninas realizam um cortejo pelas ruas do Centro Histórico e se vestem de forma a homenagear Anastácia, princesa Bantu que, escravizada no Brasil, foi obrigada a usar uma máscara de ferro que lhe cobria a boca por ser tida como feiticeira e também para esconder-lhe a beleza.
O Projeto Vem Pra Didá Vem Para o Pelô foi inscrito no edital Tô no Pelô por iniciativa de Neguinho do Samba e Vivian Caroline, integrante da banda Didá. A idéia era retomar os ensaios do grupo no Pelourinho após dois anos sem ensaiar no local. Para Vivian, essa retomada também significou uma aproximação com o público local. “Quando ensaiávamos no Pelô em 2007, o público era formado, na maior parte, por turistas de outros países ou de outros estados e cidades. Nesta edição, instituímos um valor de ingresso mais baixo (R$5,00) a fim de possibilitar que o público de Salvador tivesse mais acesso aos shows”, afirma. Para a parcussionista, isso fez com que a Didá se aproximasse mais ainda do público com o qual o grupo convive de perto. “Pessoas da comunidade, que convivem com a Didá, seja em projetos sociais ou em cursos, seja saindo no bloco, puderam acompanhar os ensaios. E pessoas que não conheciam o grupo acabaram se tornando fãs. As pessoas assistiam a um show e voltavam para assistir aos outros”, comemora.
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Fonte : Pelourinho Cultural - 10 Agosto 2010
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