Os baianos Alê Kali e Alexandre Leão se apresentaram no Largo Pedro Archanjo, enquanto o ensaio de Jau, que teve participação de Durval Lelys, levou uma multidão ao Largo Tereza Batista
Uma noite memorável marcou a última quinta-feira (28) no Pelô. A baiana radicada em Curitiba, Alê Kali, apresentou o seu trabalho, fortemente influenciado pelo samba e bossa nova, no Largo Pedro Archanjo. No mesmo lugar, o cantor e compositor baiano Alexandre Leão apresentou o seu mais novo CD. Ambos os shows são uma realização do Pelourinho Cultural, programa da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Também nesta quinta-feira, o Largo Tereza Batista foi palco do encontro de Jau e Durval Lelys que incendiou o Centro Histórico de Salvador.
O público ainda chegava ao Largo quando Alê Kali subiu ao palco para apresentar o repertório do seu show, intitulado Simbalando. A baiana iniciou sua apresentação com uma versão funkeada da música Barato Total, de Gilberto Gil. Em seguida, Kali conquistou todos aqueles que observavam atentos o início do seu show ao fazer uma releitura de Coqueiro Verde, de Erasmo Carlos, com uma levada de black music com elementos do samba de roda. “Simbalando é uma mescla de ritmos e músicas tirados do baú”, contou Alê Kali.
A artista não esqueceu da proximidade do Carnaval e cantou a marchinha Alô Fevereiro e fez uma homenagem aos novos artistas baianos ao fazer releituras das músicas Queda, de Márcia Castro, e Para Embelezar a Noite, de Dão. Grandes sucessos da música popular brasileira agitaram ainda a noite, como Zé do Caroço, de Leci Brandão Te Adorar, parceria de Carlos Rennó e do congolês Lokua Kanza, e o samba-rock de Jorge Ben Jor, Bebete Vambora.
Em seguida, foi a vez do cantor e compositor Alexandre Leão subir ao palco com o Largo Pedro Archanjo praticamente cheio e uma plateia ávida para ouvir os grandes trabalhos do baiano que se tornaram sucesso nas vozes de grandes nomes da música popular brasileira. Leão abriu o show com sua linda canção Agradecer e Abraçar, conhecida nacionalmente na voz da diva Maria Bethânia. O repertório teve como destaque outras canções autorais conhecidas do grande público, como Olhos Negros e Pop Zen, que foi tema de abertura da novela da TV Record Essas Mulheres.
Mas o grande momento do show foi quando Alexandre Leão fez uma releitura com uma levada de bossa nova dos sucessos Ela é Problemática e Rebolation, do grupo baiano Parangolé. “É muito bom perceber que os shows no Pelourinho, que tem um espaço tão bacana, estão voltando. É uma enorme satisfação para nós artistas e para o público mais ainda”, afirmou Leão. O clima carnavalesco continuou dando o tom com releituras de sucessos do Chiclete com Banana, transformado em um samba sincopado que agitou a noite de baianos e turistas que lotavam o Largo Pedro Archanjo.
O Pelô não pára, no outro lado da rua, uma multidão conferiu o penúltimo ensaio de Jauperi que convidou Durval Lelys (Asa de Águia).
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