Depois de uma temporada de sucesso de crítica e público no Teatro XVIII, o show Africantar chegará no dia 20 de janeiro ao Largo Pedro Archanjo, a partir das 21h. O projeto, resultado de pesquisas musicais desenvolvidas pela Escola de Canto Popular, conta com a realização do Pelourinho Cultural, programa da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.
A iniciativa propõe um mergulho musical intenso na história e na ancestralidade afro-brasileira. No repertório, releituras contemporâneas de canções originárias, sobretudo dos anos 60, com destaque para o grupo baiano Os Tincoãs e os marcantes Afro-Sambas de Vinícius Moraes e Baden Powell, que se tornaram um divisor de águas na produção fonográfica brasileira ao fundir elementos da sonoridade africana ao samba carioca. A fina flor da música baiana de matiz africana integra o projeto. As vozes de Ana Paula Albuquerque, Chicco Assis, Fábio Sacramento, Gil Ferreira, Raquel Monteiro e Tâmara Pessoa serão acompanhadas pelos músicos Ivan Bastos (baixo), Paulo Mutti (violão e direção musical), Sérgio Müller (cavaquinho) e Gabi Guedes (percussão).
O show do próximo dia 20 contará ainda com a participação especial de Mateus Aleluia. Trata-se do único integrante ainda vivo do grupo Os Tincoãs e que será homenageado durante o show. O projeto foi idealizado pela professora de canto e cantora Ana Paula Albuquerque e pelo cantor Chicco Assis. “O que propomos é o reconhecimento da importância de Mateus Aleluia e do grupo Os Tincoãs não apenas para a música baiana e brasileira, mas também para ações de afirmação e fortalecimento da identidade negra, iniciadas por eles ainda na década de 60”, conta Chicco Assis.
O grupo cachoeirense Os Tincoãs, originários de Cachoeira, conquistaram o Brasil com a beleza e harmonia de suas vozes e pela excelência do seu repertório, com a adaptação de cantos de candomblé, sambas de roda e cantos sacro católicos, em arranjos com características de coral, tendo como base apenas quatro instrumentos: violão, atabaque, agogô e cabaça.
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