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Simone Moreno se apresenta no Pelô
pelourinho cultural
Cantora baiana radicada na Suécia celebra sua trajetória musical com show Samba Makossa no Pelourinho

Há oito anos morando em Estocolmo, na Suécia, a cantora baiana Simone Moreno virá a Salvador este mês a convite do Pelourinho Cultural, programa da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, para um show especial. A apresentação acontecerá no dia 23 de janeiro, às 21h, no Largo Pedro Archanjo, e promete reviver as experimentações musicais vivenciadas pela artista durante toda sua trajetória musical. Intitulado de Samba Makossa, nome do seu mais recente CD, lançado em 2006, o show vai apresentar uma grande mistura de estilos e tendências que sempre marcou a carreira da artista, como a música afro, o samba, o reggae, o maracatu e o funk. “Canções de artistas como Chico Science, Jorge Ben Jor, Caetano Veloso, além de músicas autorais, farão parte do meu show”, conta Simone. A última vez que a cantora subiu no palco do Pelourinho foi há dois anos, quando fez uma participação especial ao lado do Olodum. “Tem muitos anos que eu não apresento um trabalho meu no Pelourinho. Essa será uma grande oportunidade que contará também com alguns convidados surpresa”, revelou Simone.
Na Europa, Simone vem encantando o público estrangeiro cantando a música brasileira e baiana nos principais festivais e clubes através de várias turnês com a banda sueca Os Lourinhos. O grupo é formado por músicos de alto nível, que amam a música brasileira, mas que também têm muita influência da música negra, soul e funk e do pop da Europa. Os shows estão sempre lotados de brasileiros saudosos e suecos curiosos.
“Estou sempre realizando turnês pela Europa, despertando a curiosidade e trazendo muitos europeus para a Bahia, a fim de conhecer um pouco mais a nossa música. Não crio raízes, as minhas raízes são musicais. Estou sempre em movimento e isso reflete positivamente no meu trabalho”, confidenciou.
Com o primeiro CD solo, produzido por Saul Barbosa em 1994, gravou uma música que se tornou mais um sucesso no carnaval da Bahia: Eh moça. O sucesso foi tão grande que Simone foi convidada para participar de um filme que retratava o carnaval – Orquídea Selvagem, dirigido pelo norte-americano Zalman King.

A CIDADE DO SAMBA
Desde que mergulhou de cabeça no mundo da música, Simone teve em seu repertório grandes compositores como Dorival Caymmi, Paulinho da Viola, Caetano Veloso, Jorge Ben Jor e Gilberto Gil. Em 1995, mudou-se para o Rio de Janeiro e gravou o segundo CD, Morena, produzido pelo guitarrista Pepeu Gomes. Nessa trajetória conheceu mais de perto o mundo do samba, quando frequentava quadras de escolas do Rio como a Portela, Mangueira e Salgueiro. Foi na Portela que ela se encontrou com um dos grandes mestres do samba, o Noca da Portela, que lhe recebeu de braços abertos e lhe presenteou com mais um sucesso da sua carreira - Manda me chamar. Com os produtores Rildo Hora e Roberto Menescal, Simone gravou dois discos dedicados ao samba – os álbuns Manda me chamar (1999) e Desde que o samba é samba (2001). A partir de 1994, Simone Moreno fez turnês pelo mundo todo, incluindo Japão, Estados Unidos e países da Europa como Alemanha, Holanda, Bélgica, Suíça (Montreux Jazz Festival), Noruega e Finlândia. Em 2001, quando morava no Rio, encontrou-se com o músico e produtor musical sueco Anders von Hofsten e mudou-se para Estocolmo.
Em 2006 saiu o disco Samba Makossa, que virou um sucesso com o grande hit Vem pra Bahia: uma mistura de funk pop e samba reggae, e a primeira música cantada em sueco e português. O disco traduz as influências da música brasileira na sua trajetória até hoje. Simone privilegiou os tambores contagiantes da sua música raiz. No mesmo ano, ela apareceu com uma música de sua autoria, no maior festival de música da Europa, o Eurovision Song Contest, transmitido pela televisão por todo o país. Atualmente, o Samba Makossa é ouvido em mais de 15 países na Europa.


Fonte : CarnAxE in Pelourinho Cultural - Janeiro 2010

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