O órgão da Secult atende à diversidade cultural baiana como extensão e solidificação do trabalho com as manifestações populares e de identidade
Foi inaugurado na manhã de hoje (12), pelo governador da Bahia, Jaques Wagner e pelo secretário de Cultura do estado, Albino Rubim, o Centro de Culturas Populares e Identitárias – CCPI, criado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-Ba). Na ocasião, foi descerrada a placa de inauguração do órgão, que irá atender à diversidade da cultura popular e de identidade do povo baiano, como a cultura do sertão, de matrizes africanas, indígena, cigana e ainda tratar de políticas culturais para a infância, juventude, 3ª idade, mulher e LGBT. “É invejável que a gente tenha esse caleidoscópio de culturas, raças, cores e culinárias. Por isso me alegra ver uma iniciativa como a criação desse Centro”, disse o governador. Para o secretário de Cultura, o Centro tem a missão de atender à complexidade e a diversidade da cultura da Bahia. “Abranger toda a pluralidade cultural da nossa terra é um grande desafio. A missão do Centro é tão grande que a nossa intenção é que ele passe a ser um instituto a partir do ano que vem”, afirmou Albino Rubim.
Após a inauguração, o governador e o secretário conheceram as instalações da Casa nº. 12 no Largo do Pelourinho, onde funciona o órgão, acompanhados da Diretora Geral do CCPI, Arany Santana. Autoridades, artistas, representantes de manifestações culturais, personalidades e comerciantes do Centro Histórico assistiram a apresentações de grupos populares como Ganhadeiras de Itapuã, Eterna Juventude, Tambores e Cores.
Para Arany Santana, a criação do Centro de Culturas Populares e Identitárias é a prova do reconhecimento do Governo do Estado quanto à riqueza cultural da Bahia. “O Centro vem como uma reparação às diversas manifestações populares e de identidade que durante muito tempo foram marginalizadas”, afirmou a diretora do órgão. “É trabalho do Centro, agora, fazer com que essa diversidade seja reconhecida e preservada”, concluiu.
Diretor da Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê, Antônio Carlos dos Santos, o Vovô do Ilê, disse estar contente com a criação de um órgão direcionado para a cultura popular. “Acho o Centro uma iniciativa de grande valia, principalmente com uma mulher negra como Arany à frente dela. A maioria da população do nosso estado é negra e precisamos assumir a cara preta da Bahia”, disse.
Fundador do Grupo de Capoeira Angola Pelourinho (GCAP), Mestre Moraes declarou grande expectativa em relação às ações voltadas para a capoeira. “Estamos acreditando que a capoeira seja agora respeitada, afinal de contas a Bahia é conhecida no mundo como a Meca da capoeira”, diz
Para marcar o início das atividades do Centro de Culturas Populares e Identitárias, será realizada, de 15 a 19 de agosto, a Semana de Cultura Popular, no Centro Histórico. O evento terá como tema ‘Cultura Popular: Riqueza e Diversidade’.
Fonte : Pelourinho Culrural - agosto 2011
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