Quem não guarda recordações dos acordes de Dodô e Osmar? De músicas como Chão da Praça e Vassourinha? O guitarrista Armandinho levou tudo isso e muito mais à primeira apresentação do seu show Armandinho Convida no Pelô ontem (10), no Largo Pedro Archanjo. O show faz parte da agenda do programa Pelourinho Cultural, ligado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-Ba) e ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC). Quem foi ao show já se sentia nos carnavais das antigas. Com máscaras penduradas no teto e confetes espalhados pelo chão, o Largo foi se moldando ao ritmo frenético de Armandinho e sua guitarra eletrizante. Com um repertório muito mais instrumental, o filho do trio elétrico fez o público ir ao delírio quando fez soar os primeiros acordes de Chame Gente. “Ele toca muito, é maravilhoso ver de perto esse artista que só conhecia das histórias da minha mãe”, disse Vanessa Lemos. Para surpresa do público Armandinho tocou ainda o famoso Bolero de Ravel e depois fez uma homenagem ao rei do pop, Michael Jackson, cantando Beat It.
Quem também foi prestigiar o guitarrista foi o apresentador do programa Se Liga Bocão, da TV Itapoan, Zé Eduardo. “Estou adorando o show, devo vir aos outros com certeza, pois já acompanho há muito tempo o trabalho de Armandinho”, disse. A estrela da noite não parava de surpreender seus fãs. A certa altura do show, Armandinho disse que já tinha tocado de tudo, menos pagode. “Quando você liga a rádio, só dá isso, cara!” e tocou algumas músicas incluindo o sucesso “Vou não, quero não, posso não”. Com músicas mais atuais, o mestre deu a deixa para seus pupilos da banda Jammil que entraram parabenizando o artista e fazendo o Largo Pedro Archanjo fazer a coreografia já conhecida da música “Sou Praieiro”. “É um sonho estar aqui tocando com ele, afinal foi vendo ele que quis ser cantor de trio elétrico”, contou Tuca Fernandes, vocalista e guitarrista da banda. O Jammil, antigo Jeremias, tocou pela primeira vez no próprio Largo Archanjo, no Pelourinho e para os meninos da banda é muito bom estar de volta. “Tocávamos na época que não tinha nada disso, era tudo mais simples, mas a energia era mesma e nos fazia sentir especiais do mesmo jeito”, disse Manno Goés, vocalista e baixista da banda.

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Fonte : Pelourinho Cultural - fevereiro 2011

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