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Ritmo angolano invadiu o Largo Tereza Batista
pelourinho cultural
Um destaque da apresentação de Magary foi a participação da sua filha, Kalinde, cantando e dançando.


O primeiro show de Magary no Pelourinho ontem, dia 12 de janeiro, foi marcado por um ritmo angolano pouco ouvido em Salvador. O cantor, compositor e percussionista sacudiu o Largo Tereza Batista ao som de uma percussão contagiante, enquanto o público se perdia em passos sincronizados ainda na segunda música. A apresentação faz parte da agenda do Pelourinho Cultural, programa da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-Ba) e do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC). O show “Escutando Magary” foi uma prévia do próximo show no dia 27 de janeiro, no Pelourinho, onde fará o lançamento do cd com o mesmo nome. Os personagens desse novo álbum, e que puderam ser vistos decorando todo o Largo, chamam-se “nego yêba” e “nega mucamba” foram inspirados no semba, o pai do samba. Além de ser uma noite especial por tocar no Pelourinho, que Magary considera como a “soma de todo o trabalho feito por mim e por quem trabalha comigo”, ele também recebeu um grande convidado: Saulo Fernandes, da Banda Eva. “Vamos cantar algumas músicas juntos, dentre elas a música que está no meu novo álbum chamada ‘Don’t Wait’”, contou Magary pouco antes da apresentação.
O ponto alto do show de Magary foram as músicas “Joelho”, que fez o público dançar o “kuduro” (dança angolana), e “Circulou”, que Magary cantou sozinho e repetiu a dose ao lado de Saulo. A dupla também cantou a música de trabalho da banda Eva, “Arrumei a casa”, e foram acompanhados pelo coro dos espectadores. Saulo disse que tocar com Magary é um prazer pelo bom trabalho que o compositor faz e ainda mais quando se trata de tocar no Centro Histórico. “O Pelourinho é um recipiente onde se guardam bons sons, coisas boas da nossa música”, disse o cantor da Banda Eva. As músicas do novo álbum de Magary foram composições dele junto com Leonardo Reis, que também é músico e percussionista e traz na bagagem parcerias com Seu Jorge e Ana Carolina. “As nossas composições têm uma influência baiana e angolana, principalmente, do semba (que significa Umbigada em quimbundo, língua de Angola)”, explicou Leonardo. Toda essa influência foi muito bem recebida seja por quem via o trabalho de Magary pela primeira vez, seja por quem já acompanha o artista, que é o caso de Davi Mariston. “Magary faz algo bem diferente do que vemos por aí, o que falta é só divulgação da mesma forma que outros ritmos têm”, disse o fã.
Um destaque da apresentação de Magary foi a participação da sua filha, Kalinde, cantando e dançando a música “Inventando moda, que estranho hein!”. “Eu estava compondo a música quando ela chegou da escola e acrescentou o ‘que estranho hein!’”, contou orgulhoso o pai de Kalinde. O próximo show de Magary será no Largo Tereza Batista, dia 27 de janeiro, a partir das 21h.

Fonte : Pelourinho Cultural - janeiro 2011

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