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Diversidade no Pelourinho
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Rock, teatro, bailinhos de carnaval: o Pelourinho mostrará diversidade musical na próxima semana


Celebrações, emoções e cultura afrobrasileira marcaram a noite de sábado (19) no Pelô Hoje (20), seguem as comemorações pelo Dia da Consciência Negra no Pelô, com Olodum, Lazzo, Bankoma e Baile Black, a partir das 17h

O Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), em apoio à celebração, abriu todos os seus largos e praças para receber as manifestações. No Tereza Batista, por exemplo, o cantor Dão levou sua banda Caravanablack para compor a programação da noite. Com seu estilo peculiar e já aprovado pela crítica, não deixou de pontuar a importância daquele dia para ele enquanto afrodescendente e artista. “Fiquei muito feliz ao receber o convite para participar de um momento tão importante para o nosso povo. Amanhã é dia de lembrar das nossas lutas contra a desigualdade, lembrar de nossas raízes e de quem somos. Obrigado pela oportunidade de cantar neste clima tão especial”, disse emocionado. A atmosfera de emoção e respeito estava em todo Centro Histórico. No Largo Tereza Batista, a cantora Juliana Ribeiro também teve casa cheia. Historiadora, a cada música, a artista dava uma aula e apresentava ao público passagens da cultura afrobrasileira infelizmente desconhecidas pelo grande público. “Vamos cantar hoje aqui ritmos que não são de nosso tempo atual, que nossa geração não conheceu. Este é o caso do Lundun que remonta dos anos 1880, quando os escravos se divertiam e dançavam para esquecer os sofrimentos dos dias de maus-tratos nas senzalas”. A estudante Carol Nascimento foi uma das grandes entusiastas da noite. “O que estou vendo aqui é uma manifestação única de que não podemos nos esquecer de quem somos, quem são os nossos e de onde viemos. Lembrar que apesar de tantos problemas que ainda temos para superar, precisamos celebrar essa riqueza cultural que nos foi deixada como herança”, pontua.

No Largo Quincas Berro d’Água quem liderou as comemorações foi a cantora Márcia Short. A artista levou fãs do carnaval baiano ao lotarem a casa. Em seu repertório foi apresentadas pérolas da axé music, como sucessos do Ara Ketu, Olodum, Daniela Mercury, entre outros. A noite no Centro Histórico culminou no grande palco armado no Largo do Pelourinho, com as apresentações do Ilê Aiyê, a Orquestra paulista, HB que teve como cantor, Aloisio Menezes. O novo ritmo “jazz com batuque de candomblé”, como cantor mesmo definiu foi o pano de fundo para a festa que de acordo com Aloisio, marca um momento importante para a Bahia. “Foi assinado hoje um documento com importância nacional que reconhece oficialmente a Bahia como a legítima terra das culturas afro no Brasil e destinando recursos específicos para difundir e valorizar as manifestações afro na estado e no mundo. Obrigada Zumbi, esta festa é para você!”, finalizou. A noite ainda contou com as apresentações da banda peruana Novalima, Aicha Kone (Costa do Marfim), Kandia Kouyate (Mali), Takana Zion (Guiné), Seun Kui (Nigéria) e Dj Sankofa.

HOJE, 20 de novembro, as comemorações reiniciam a partir das 17h, com Lazzo Matumbi, no Largo Pedro Archanjo, Grupo Afro Bankoma, no Tereza Batista; Baile Black no Quincas Berro d’Água e no Largo do Pelourinho, o som do bloco Afro Olodum animará a noite da Consciência Negra, fechando a programação cultural do Afro XXI.

Fonte : Pelourinho Cultural - novembro 2011

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