Um dos destaques é a banda peruana Novalima, que apresentará o espetáculo musical “África em Movimento” e no dia 18 de novembro, o Cortejo Afro, Magary Lord e Os Negões fazem a festa
A mistura de salsa e cumbia, mixado ao afrobeat, jazz, reggae, hip hop e música eletrônica tomarão conta do Largo do Pelourinho, amanhã (19), com a banda Novalima, a partir das 20h. O grupo ladeado por nomes como Aicha Kone (Costa do Marfim), Kandia Kouyate (Mali), Takana Zion (Guiné) e Seun Kuti (Nigéria), e grupos nacionais, como a elogiadíssima Heartbreakers Orquestra, de São Paulo, com vocal do baiano Aloísio Menezes, além do bloco afro Ilê Aiyê e DJ Sankofa (Gana/Bahia) também farão parte da programação.
O evento faz parte da grade cultural do Afro XXI – Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes, que recebe o apoio do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI). A iniciativa conta com uma série de shows, exposições e eventos culturais, promovida pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult/BA) e que teve início no dia 16 de novembro.
A Novalima é uma das principais representantes da música peruana contemporânea. Sua mistura já foi destaque no Brasil durante o PercPan 2010. Dessa vez, Salvador testemunhará toda a versatilidade do grupo, em apresentação única, que acontecerá com o espetáculo “África em Movimento”, tocando ao lado de outras grandes atrações internacionais. A banda possui relevantes reconhecimentos no meio musical, recebendo inclusive o Prêmio IMA – Independent Music Awards de Melhor Álbum Afro na categoria World Fusion. O trabalho da Novalima retrata em suas letras os medos da população afroperuana, sofrimentos, angústias e, principalmente, sua cultura, aliado a um estilo musical extremamente contemporâneo e dançante. Ao todo, já são três álbuns gravados – Novalima (2003), Afro (2005) e Coba Coba (2008) – e um, mais recente, a ser lançado em janeiro de 2012, entitulado La Karimba.
Seun Kuti (Nigéria) Oluseun Anikulapo Kuti é o filho mais novo do criador do afrobeat, Fela Kuti (falecido em 1997). Seun possui dois álbuns gravados com uma formação renovada da banda Egypt 80, que acompanhava o seu pai. Seu último album, “From Africa with Fury: Rise”, foi gravado no Rio de Janeiro e, posteriomente, mixado em Londres.
Aicha Kone (Costa do Marfim) Inspirada por cantores norte-americanos de música soul, como Aretha Franklin, e também cantores africanos, como o Miriam Makeba, da África do Sul, Aicha lançou seu primeiro álbum solo em 1981 e desde então tem trabalhado extensivamente com outros artistas, incluindo Kante Manfila (de Les Ambassadeurs, juntamente com Salif Keita) e Manu Dibango.
Kandia Kouyaté (Mali) A intensidade de Kouyaté, a sua maneira emocional e hipnótica de cantar e seu talento lírico ganharam aclamação enorme no Mali, embora ela tenha se mantido relativamente pouco conhecida fora da África. Sua cidade natal, Kita, é conhecida por canções de amor, que formam uma grande parte do repertório de Kouyaté, ao lado das canções de louvor. A carreira de Kouyaté começou no início de 1980, quando ela começou a usar vocais femininos no coral que a acompanha. Esta prática foi mais tarde apreendida por estrelas como Mory Kante e Salif Keita, e é agora parte integrante da música do Mali.
Takana Zion (Guiné) Nascido em Conakry, Takana trocou sua terra natal pelo Mali, terreno fértil para jovens cantores. Com pesquisa sobre o ritmo jamaicano que conquistou o mundo, o reggae, ele lança seu primeiro álbum em 2007, “Zion Prophet”, reeditado em 2008. Em 2009, “Recall da ordem” é lançado, incorporando a marca da Takana Zion: um poderoso Riddim, um fluxo e o ritmo das músicas em inglês, francês, susu e malinke.
NovaLima (Peru) Grupo pioneiro na fusão dos intensos ritmos e melodias da música afroperuana, misturados ao groove do dub, reggae e batidas do funk latino, o Novalima tem sido apontado como o futuro da música afroperuana.
Orquestra HB e Aloísio Menezes (São Paulo / Bahia) – A orquestra Heartbreakers foi criada em São Paulo no ano de 1987 e, desde então, vem realizando trabalhos com os repertórios de salsa, samba e jazz e debruçando-se sobre a sequência de canções de louvor que são praticadas nos terreiros da nação Ketu, uma das mais tradicionais da Bahia, com recursos eletrônicos que sintonizam cantos ancestrais interpretados pelo baiano Aloísio Menezes com as sonoridades da música contemporânea.
Ilê Ayiê (Bahia) O mais antigo bloco da cidade de Salvador, o Ilê foi criado em 1974, no Curuzu, bairro da Liberdade, maior comunidade de afrodescendente do país, tendo como missão preservar, valorizar e promover a cultura afrobrasileira. O seu movimento rítmico musical, inventado na década de 1970, foi responsável por uma revolução no carnaval baiano, que ganhou força com a influência da tradição musical africana.
Programação cultural AFRO XXI– Shows, espetáculos e atrações culturais locais, nacionais e internacionais, acontecem gratuitamente nas praças e largos do Pelourinho, com artistas e manifestações que representam a criação cultural contemporânea da diáspora africana entre os dias 16 e 20 de novembro. Vejam a programação completa no site www.cultura.ba.gov.br
HOJE, dia 18.11 – a movimentação fica por conta de artistas baianos, como o Cortejo Afro, no Largo Pedro Arcanjo, Magary Lord, no Tereza Batista, e o Bloco Afro Os Negões, no Quincas Berro d’Agua, todos, gratuitos e às 21h.
Fonte : Pelourinho Cultural - novembro 2011
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