O ritmo percussivo da Banda Mirim do Olodum deu o tom para o início do cortejo que animou crianças e adultos que foram conferir ontem (12/10) o encerramento da Semana da Criança Alegria e Solidariedade, que começou no dia 6 de outubro com diversas atividades culturais promovidas pelo Centro de Culturas Populares e Identitárias, órgão da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult/BA). As crianças, acompanhadas dos adultos, foram aparecendo aos poucos e encheram as ruas do Pelourinho para curtir, além da Banda Mirim do Olodum, a Banda Didá, Bonecões de Mamulengos, bandinha de fanfarra e brincadeiras como o pau de fitas. “Trago minha filha Marieli (9 anos) todos os anos para cá. Aqui tem espaço para ela brincar e se divertir bastante com a programação. Esse ano, trouxe a minha segunda filha, a pequena Mireli (1 ano) que vai acompanhar conosco essa celebração”, disse o segurança Marcelo Rocha, que estava acompanhado da sua esposa. “Vamos rodar todo o Pelourinho e curtir as mais diversas atrações”, conclui.

Acompanhando o cortejo, todos ouviram canções da bandinha de fanfarra que tocou músicas como as do antigo grupo infantil “Balão Mágico”, fazendo com que os adultos também resgatassem lembranças de seus tempos de criança. O cortejo terminou em frente ao Largo Pedro Archanjo, mas quem pensou que a farra também tinha acabado se enganou. No largo, as crianças foram recepcionadas pela exposição do Teatro Lambe Lambe com mostras de artigos antigos que despertaram a curiosidade dos pequenos. Neste local, os pequenos puderam encontrar tudo o que gostam: muito espaço para correr; pula-pula, piscina de bolas, escorregador, e para comer, muita pipoca, crepe, além de doces variados. Diante de todo esse gasto de energia, muitos não resistiram e caíram no sono mesmo com tanto “barulho”. No palco, a cantora Nairzinha brincava com a plateia junto com o seu projeto Cirandando Brasil, que com suas cantigas e brincadeiras promove a integração entre as crianças e amplia a visão de todos em defesa da infância. “Precisamos manter o folclore infantil, preservando nossas crianças através de canções que exaltem coisas boas. Para os adultos queremos mexer na prateleira da saudade para que eles não esqueçam nunca de que um dia tiveram essa inocência de ser criança”, falou Nairzinha durante a sua apresentação. “É um resgate à memória da criança brasileira”, concluiu.

Além das brincadeiras, aconteceu também a peça “É meu, é seu, é nosso”, que mostrou, de forma lúdica, a história de um menino que luta para superar o câncer, mas que conta com a solidariedade da sua família e de amigos para lidar com questões como o preconceito e o desconhecimento da doença. O projeto é realizado pela Companhia de Teatro Cabriola, com o apoio do GACC (Grupo de Apoio à Criança com Câncer – Ba). O Projeto de Iniciação Musical (PIM), formado em 2002 no bairro da Fazenda Coutos, fez uma performance dançante e musical formada apenas por crianças. Encerrando a tarde intensa de atividades todos puderam conferir um teatrinho de bonecos. Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) - órgão da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult/BA) busca, através do Programa Pelourinho Cultural, além de dinamizar as ações culturais no Centro Histórico, incentivar também a produção local, por meio da promoção de eventos realizados pela comunidade. Toda a agenda de atrações do programa tem acesso gratuito ou a preços populares.

Fonte : Pelourinho Cultural - outubro 2011

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