À frente do trio Eu Sou Negão, Gerônimo animou folião pipoca na Barra. Passava da meia-noite quando o trio Eu Sou Negão invadiu o Circuito Dodô (Barra-Ondina) para animar o carnaval do folião pipoca. Inspirado no verso “Eu sou negão, meu coração é a liberdade”, um dos mais famosos e representativos da música popular da Bahia, o projeto foi idealizado pelo seu autor, o cantor e compositor Gerônimo, que uniu-se a Alfredo Moura e Iracema, vocalista do Ilê Aiyê, para cantar e reforçar a importância cultural dos povos negros na construção da festa momesca e da própria cultura baiana. “Amadurecer a música negra e suas várias vertentes e musicalidades é essencial diante do quadro social em que esta cultura vem conquistando cada vez mais espaço”, afirma Gerônimo.

No asfalto, a galera muito animada esbanjava sorrisos, alegria, descontração, irreverência e deixava-se embalar pelo ritmo frenético que tomava o lugar. Foliões israelenses, que participam pela primeira vez do carnaval de Salvador, vibravam com a mistura de axé, rock, lambada e batidas diversas que vinha do trio.